INTERSECCIONALIDADE E BARREIRAS NO ACESSO DE HOMENS NEGROS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: REVISÃO DE ESCOPO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-151Palavras-chave:
Racismo, Preconceito, Racismo Sistêmico, Pessoas Negras, Violência ÉtnicaResumo
A história do Brasil, fundamentada na estrutura da desigualdade, destinou a certos segmentos da sociedade uma posição marginalizada em relação às políticas públicas, exemplificada pela população negra. Objetivo: Buscar na literatura cientifica o estado da arte sobre as evidências no que diz respeito ao acesso do homem negro aos serviços de saúde brasileiros. Método: Estudo de Revisão de Escopo, seguindo o método de revisão proposto pelo Instituto Joanna Briggs (JBI), cuja pergunta norteadora foi: Qual o estado da arte das evidências acerca das barreiras no acesso a saúde enfrentados pelos homens negros no Brasil? As buscas foram realizadas nas bases de dados do PubMed, LILACS, Scopus, CINAHL e Web of Science e Google Acadêmico. A estratégia de busca foi desenvolvida com os seguintes termos no PubMed: ("Racism" OR Prejudice OR " SystemicRacism ") AND ("Black People" OR " EthnicViolence" OR “Black or African American”) AND (“Health Systems” OR “Unified Health System”) AND (Brazil OR Brazilian), a mesma estratégia foi adaptada para as outras bases de dados. Resultados: Foram encontrados 1654 estudos, dentre os quais foram excluídos 543 que estavam duplicados, restando 1111 estudos. Durante a etapa de leitura de títulos e resumos,477 foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão desta pesquisa, em seguida foram excluídos 627 artigos que não atenderam os critérios de elegibilidade, restando assim 9 artigos para análise. Conclusão: No que diz respeito à realidade nacional, há poucos trabalhos sobre a percepção da população sobre o racismo na saúde no país, que não se reduzem a um único marcador social da diferença, mas vários, que se entrelaçam e atuam de forma complexa na produção das desigualdades. Cabe ressaltar, todavia, que, nos últimos anos, a temática das relações entre cor/raça e saúde ganhou visibilidade e está sendo incorporada por pesquisadores da área da saúde coletiva.