RELAÇÃO ENTRE A MICROBIOTA VAGINAL E DOENÇAS METABÓLICAS EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-245Palabras clave:
Saúde da Mulher, Pós-Menopausa, MicrobiotaResumen
A microbiota vaginal desempenha um papel crucial na manutenção da saúde ginecológica e sistêmica das mulheres. Composta predominantemente por espécies de Lactobacillus, essa comunidade microbiana é responsável por criar um ambiente ácido que protege contra infecções e inflamações. No entanto, alterações nesse ecossistema, conhecidas como disbiose vaginal, podem levar a complicações que vão além da saúde reprodutiva, influenciando também condições metabólicas. O objetivo desse estudo é identificar como as alterações na composição microbiana estão associadas ao desenvolvimento dessas condições, contribuindo para o avanço no entendimento das interações entre fatores hormonais, microbiota e metabolismo. Para isso foi realizada uma revisão sistemática estruturada com base nas diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A questão norteadora foi desenvolvida com o uso da abordagem PICO: "Qual a influência das modificações no ecossistema microbiano vaginal sobre a prevalência de doenças metabólicas em mulheres em idade pós-menopáusica?". Os critérios de elegibilidade consideraram artigos publicados entre 2010 e 2025, nos idiomas inglês, português ou espanhola. Foram incluídos estudos originais, revisões de literatura e metanálises que abordassem a interação entre a microbiota vaginal e condições metabólicas em populações femininas após a menopausa. Estudos com foco exclusivo em microbiota intestinal ou realizados em modelos animais foram excluídos. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Google scholar e Scielo, Os resultados Afirmam que a disbiose vaginal é um fator determinante para o aumento da prevalência de doenças metabólicas em mulheres pós-menopáusicas. Foram identificadas evidências robustas de que a redução de Lactobacillus spp., em espécies especiais como Lactobacillus crispatus , está associada ao aumento do pH vaginal, favorecendo a hidratação de microrganismos patogênicos e inflamatórios. Esse processo não apenas compromete a saúde vaginal, mas também desencadeia inflamação sistêmica, um mecanismo central na patogênese de condições metabólicas como obesidade, diabetes tipo 2 e resistência à insulina. Dessa forma, evidenciou-se que Apesar dos avanços, as limitações metodológicas, como a heterogeneidade dos estudos incluídos, reforçam a necessidade de pesquisas futuras para melhor compreender as relações causais e desenvolver práticas. Concluímos que a microbiota vaginal desempenha um papel essencial na regulação metabólica em mulheres pós-menopáusicas.
