EXPRESSÃO TECTÔNICA NA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA: O USO DO CONCRETO COMPACTADO NA CAPELA BRUDER KLAUS, DE PETER ZUMTHOR
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-403Palabras clave:
Processo de Projeto, Concreto Compactado, Capela Bruder Klaus, Peter Zumthor, TectônicaResumen
O presente estudo analisa a Capela Bruder Klaus (1998-2007), projetada por Peter Zumthor, à luz dos conceitos da tectônica, com o objetivo de investigar como a aplicação do concreto compactado foi ressignificada pelo arquiteto, associando construção, fenomenologia e expressão poética. Partindo de uma abordagem interdisciplinar, ancorada na complexidade, o estudo justifica-se pela necessidade de aprofundar a compreensão do tema e de explorar como Zumthor transcendeu o uso funcional do material, integrando características construtivas e sensoriais em uma obra marcante. Para tanto, realiza-se uma revisão teórica sobre a trajetória histórica e as propriedades físicas do concreto compactado, complementada por um estudo de caso detalhado da Capela Bruder Klaus. São analisados aspectos técnicos, como o uso artesanal de camadas de concreto compactado, e fenomenológicos, como a manipulação da luz e da materialidade para criar uma Atmosfera singular. Os resultados evidenciam a habilidade de Zumthor em transformar o concreto compactado em um recurso expressivo, capaz de criar experiências sensoriais profundas. A relação entre textura, luz e espacialidade não apenas evoca memórias e emoções, mas também demonstra como métodos tradicionais podem ser reinterpretadas para responder às demandas atuais, enquanto dialogam com questões existenciais e culturais. Conclui-se que a Capela Bruder Klaus representa uma interseção entre técnica e poética, reafirmando a relevância da tectônica como meio de expressão arquitetônica alternativa para os processos projetuais contemporâneos. O estudo contribui para a revalorização de métodos ancestrais e propõe caminhos para o diálogo entre arquitetura e fenomenologia, sugerindo que o legado de Zumthor oferece perspectivas promissoras para a prática arquitetônica, ao valorizar qualidades essenciais da construção e promover um discurso que ultrapassa o local e alcança o universal.
