ENTRE OPRESSÕES: VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E INTERSECCIONALIDADE NO CÁRCERE BRASILEIRO – UMA REVISÃO NARRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-358Palabras clave:
Violência obstétrica, Interseccionalidade, Sistema prisional, Saúde da mulher, Direitos reprodutivosResumen
Este estudo analisa a violência obstétrica enfrentada por mulheres em situação de cárcere no Brasil, com ênfase na interseccionalidade de raça/cor, gênero e classe social. Por meio de uma revisão narrativa, investiga-se como as condições de encarceramento intensificam as violações de direitos reprodutivos e evidenciam o abandono estatal na assistência à saúde dessa população. A metodologia baseou-se na análise de artigos acadêmicos que abordam diferentes manifestações de violência obstétrica e narrativas de desassistência obstétrica no contexto prisional. As conclusões indicam que mulheres negras, pardas e de baixa renda enfrentam maior vulnerabilidade, refletindo desigualdades estruturais exacerbadas no sistema prisional, além de destacarem a inadequação das estruturas carcerárias às demandas do corpo feminino. Este estudo reforça a necessidade urgente de políticas públicas que promovam uma assistência obstétrica humanizada e respeitem os direitos reprodutivos das mulheres encarceradas.
