HORÁRIO BRASILEIRO DE VERÃO E A GERAÇÃO DE ELETRICIDADE

Resumen

O Horário Brasileiro de Verão consiste em adiantar em uma hora a Hora Legal (oficial) de determinados estados. Ele é adotado com vistas a limitar a máxima carga a que o sistema elétrico fica sujeito no período do ano de maior consumo, aumentando a confiabilidade do Sistema Elétrico Nacional. Este artigo analisa e discute a situação elétrica do Brasil para justificar, ou não, a adoção do horário de verão. Adicionalmente discute os efeitos econômicos, sócias, culturais e de saúde, resultantes da alteração artificial dos relógios durante o verão. Foram analisados dados de consumo (carga) registrados durante o verão de 2024, e dados de geração de eletricidade neste período. Estes dados foram coletados dos registros dos órgãos institucionais do setor energético do país: ANEEL, ONS, EPE, CCEE, e outros afins. Para discutir impactos sociais e culturais foram analisadas reportagens jornalísticas sobre o tema, e, para avaliar eventuais impactos sobre a saúde humana foram analisados artigos científicos de pesquisas relacionadas. Resultou que a aplicação do horário de verão neste ano não traz benefícios para o Sistema Elétrico Nacional e não tem efeito sobre a demanda máxima que ocorre durante a tarde. O nível dos reservatórios do SIN melhorou e há contribuição das fontes eólica e solar, gerando quantidades expressivas de energia, justamente nos horários de maior demanda. Não se justifica o horário sazonal de verão que afeta o ciclo circadiano das pessoas, impactando negativamente a saúde da população, causando muitos distúrbios que vão desde insônia e fome, até acidentes cardiovasculares, passando por cansaço, desatenção, falta de disposição e acidentes de transito.