REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO USO DE MEDICAMENTOS PARA O TRABALHO DO PROFESSOR SEGUNDO DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS – RJ
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-220Palabras clave:
Representações Sociais, Uso de Medicamentos, Trabalho Docente, Medicalização, Ensino FundamentalResumen
Cotidianamente, os professores deparam-se com situações de violência e cobranças no ambiente escolar, além da desvalorização do trabalho docente. Essas questões parecem produzir cada vez mais sofrimento psíquico e, consequentemente, leva ao uso de medicamentos por parte de alguns docentes. O objetivo de nossa pesquisa foi identificar as representações sociais (RS) do uso de medicamentos para o trabalho do professor segundo docentes do ensino fundamental da rede municipal de Petrópolis - RJ. O estudo foi realizado com base na teoria das representações sociais (TRS), desenvolvida por Serge Moscovici, e na teoria do núcleo central (TNC), proposta por Jean-Claude Abric. Participaram da pesquisa 200 professores do ensino fundamental, que atuam na rede municipal de educação da referida cidade. Como instrumento, utilizamos um questionário no qual constava um teste de associação livre, cujo termo indutor foi ‘uso de medicamentos para o trabalho do professor’, além de questões exploratórias sobre o tema e caracterização dos participantes. Os dados oriundos dessa pesquisa foram submetidos a análise prototípica, por meio da utilização do software EVOC 2005, além de análise descritiva dos demais dados. No provável núcleo central (NC) do uso de medicamentos para o trabalho do professor figuraram as cognições relacionadas a considerar necessário o uso deles (necessário) e aos transtornos mentais e sintomas físicos/mentais (tristeza, cansaço, ansiedade e estresse). As dificuldades do trabalho docente parecem estar produzindo sofrimento psíquico, e este está sendo cada vez mais medicalizado.
