EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: POSSIBILIDADES DE CURA NA PROPOSTA DE UMA PEDAGOGIA ENGAJADA DE BELL HOOKS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-205Palabras clave:
Bell Hooks, Black Movement, Pedagogia engajada, Educação das relações étnico-raciaisResumen
Este artigo resulta de uma pesquisa que objetivou compreender a proposta da pedagogia engajada de bell hooks como possibilidade de cura para as dores causadas pelo racismo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico, e teve como análise principal a obra de bell hooks intitulada “Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade”. Para tanto, nos propusemos a problematizar o conceito de raça; refletir sobre o racismo e os processos de adoecimentos que provoca; conhecer a proposta da pedagogia engajada de bell hooks como possibilidade de cura. Neste texto, apresentamos a contextualização histórica, explorando a invasão dos portugueses no Brasil, com o objetivo de colonização por meio da escravização e extermínio dos povos nativos, assim como o tráfico e a escravização dos povos africanos para a exploração dos recursos naturais em prol do acúmulo de capital. O estudo reconhece que o processo colonial persiste na forma de colonialidade, reeditando estratégias de exploração, inferiorização e silenciamento de negros e indígenas, com ênfase nas práticas racistas. Os resultados obtidos indicam que a pedagogia engajada de bell hooks pode ser uma contribuição significativa para a promoção de uma educação antirracista. Contudo, para que isso ocorra de maneira efetiva, destaca-se a necessidade do envolvimento ativo do corpo docente, dos alunos e de suas famílias. Essa participação pode ocorrer por meio de discussões ancoradas na teorização que evidencie o racismo e a necessidade do enfrentamento à toda forma de opressão racial, de gênero e de classe.
