AS MULHERES CAMPONESAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS E PERSPECTIVAS SOCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-170Palabras clave:
Agricultura Camponesa, Mulheres Rurais, Agricultura ContemporâneaResumen
O trabalho propõe refletir sobre a presença de traços característicos do campesinato na agricultura contemporânea. O percurso realizado parte da especificidade do campesinato brasileiro em relação ao debate clássico travado na Europa, examinando a adoção da categoria agricultura familiar como plural diversa, ocultando permanências do passado em função de ressaltar as mudanças transcorridas. Como base em revisão de literatura, associada à análise de documentos colhidos junto ao Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), a entrevistas realizadas com participantes deste movimento e, ainda, utilizando-se de trabalhos realizados junto às agricultoras familiares de Itaqui-RS, busca-se sustentar nas evidências empíricas o argumento norteador principal. Toma-se as mulheres como eixo temático que permite compreender em sua luta e em suas definições, a presença dos traços camponeses na contemporaneidade. Estes traços diferenciam a agricultura camponesa de demais agricultores familiares, sendo a relação com a terra, a inserção parcial aos mercados e a reprodução social como objetivo orientador da organização da produção e do modo de vida, elementos basilares deste tipo de agricultura. Aponta-se para a mudança no papel das mulheres nos últimos períodos (desde 2003), assumindo seu protagonismo e constituindo uma forma de pensar e agir na agricultura condizente com a definição de mulheres camponesas.
