AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE PRAGAS EM MUDAS DE IPÊ AMARELO (TABEBUIA SERRATIFOLIA) SOB O EFEITO DA SATURAÇÃO POR BASES EM UM LATOSSOLO AMARELO DISTRÓFICO TEXTURA MÉDIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-143Palabras clave:
Ipê-Amarelo, Saturação por Bases, Incidência de PragasResumen
O Ipê amarelo (Tabebuia serratifolia) é uma espécie florestal encontrada em várias regiões do Brasil, além de ter importância econômica para o mercado de produção de mudas, madeira de lei e no paisagismo urbano. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a incidência de pragas em mudas de Ipê amarelo (Tabeluia serratifolia), visando identificar as principais pragas que ocorrem na cultura e a sua correlação com diferentes níveis de saturação por bases. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação em delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), sendo aplicado as respectivas quantidades de calcário dolomítico com PRNT de 98% nos 5 tratamentos (V0% - saturação inicial do solo (sem aplicação de calcário); V20% (0,5 g), V40% (4,0 g), V60% (7,5 g) e V80% (11,0 g) e 5 repetições. Após 30 de incubação do solo com a aplicação de calcário foram transplantadas mudas de Ipê amarelo e aplicado a solução nutritiva (com macro e micronutrientes) e no decorrer do desenvolvimento da planta foram realizadas cinco vistorias, analisando cinco folhas ao acaso por tratamento, com a função de verificar o estudo de variáveis como: área foliar atacada (uso do cálculo de base x altura nas lesões), média de ataque, tipo de praga (identificação, através da guia de identificação da Embrapa) e níveis de dano de área foliar (baixo (0 a 15%), médio (15 a 30%) e alto (maior que 30%)). Nas variáveis foram feitas as análises de regressão, através do Microsoft Office Excel 2013 e as análises de Cluster hierárquico e modelo da distância euclidiana pelo Software IBM SPSS Statistics 25.0. Observou-se que a área das plantas que sofreu maior ataque de pragas foi a foliar, e não foram constatados ataques ao caule das plantas. O tratamento que menos sofreu com o ataque de pragas foi o V20%= 0,5g de calcário, onde quase não houve incidência de pragas analisando as cinco vistorias realizadas durante o experimento. Evidenciando que este nível de correção do solo (0,5g de calcário), elevou o índice de saturação por bases a 42,99% aumentando a concentração de nutrientes nas mudas, para níveis adequados de acordo com as recomendações de literatura, favorecendo a resistência ao ataque de pragas. Em contrapartida o tratamento onde mais ocorreu ataque, foi o V40%= 4,0g de calcário, onde os níveis de dano na área foliar foram maiores, demonstrando que, níveis de saturação por bases iguais ou maiores que 44,28% não favorecem a cultura quanto a resistência ao ataque de pragas. Concluiu-se que níveis de saturação por bases menores que 42,99% diminuem a incidência de pragas na cultura do Ipê-amarelo, e valores acima disto podem favorecer o ataque de pragas. As pragas que afetam esta cultura na região Nordeste do Pará, de acordo com o estudo, foram o gafanhoto (Orthoptera, Acrididae, Leptysminae) e a lagarta da espécie Anartia jatrophae. Altos índices de ataque a área foliar das mudas causam uma queda no poder fotossintético e dessa forma diminuem o ganho de energia, prejudicando o seu desenvolvimento.
