A COLABORAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NAS REDES DE CUIDADOS: O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA INTEGRAÇÃO DO ATENDIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-117Palabras clave:
Colaboração interprofissional, Redes de cuidado em saúde, Tecnologias de informação e comunicaçãoResumen
A colaboração interprofissional tem sido reconhecida como um elemento essencial para a construção de redes de cuidado mais integradas, resolutivas e centradas nas necessidades dos pacientes. Este estudo, baseado em uma revisão sistemática, investigou as principais contribuições, avanços e desafios relacionados a esse tema, utilizando bases de dados internacionais como PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO e Lilacs. Foram empregadas estratégias de busca rigorosas, com descritores controlados e operadores booleanos, garantindo a identificação de estudos relevantes e metodologicamente robustos. A análise dos resultados destacou que práticas colaborativas são fundamentais para a otimização dos serviços de saúde, promovendo uma comunicação mais clara entre os profissionais, a personalização do cuidado e o aumento da satisfação dos usuários. O uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) mostrou-se particularmente promissor, facilitando a interação entre profissionais e pacientes, especialmente em populações vulneráveis, como adolescentes. A promoção de práticas educativas lideradas por profissionais de saúde, como enfermeiros, também foi amplamente evidenciada, sendo considerada estratégica para abordar temas prioritários, como aleitamento materno e envelhecimento ativo. Outro ponto de destaque foi a relevância da participação social, associada à prevenção quaternária, para garantir práticas éticas, menos invasivas e centradas nas reais necessidades dos usuários. A integração entre ensino e serviço revelou-se uma estratégia eficaz para transformar as práticas profissionais, fortalecendo o diálogo entre instituições acadêmicas e redes de saúde. Apesar dos avanços, desafios significativos foram identificados, como barreiras estruturais e culturais, a hierarquização das equipes e a subutilização de competências específicas, especialmente de farmacêuticos e outros profissionais com papéis complementares no cuidado. Tais obstáculos limitam o pleno potencial da colaboração interprofissional. Conclui-se que, para superar essas limitações, são necessárias políticas públicas integradas, abordagens inovadoras e estratégias educacionais que promovam a formação de equipes multidisciplinares mais coesas e preparadas.
