PADRÃO DE BELEZA PARA QUEM? AS CRIANÇAS NEGRAS DISPUTAM A CENA NO INSTAGRAM
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-062Palabras clave:
Comunicação, (Re)educação, Criança negra, Beleza negra, ResistênciaResumen
A TIC Kids Online Brasil (2023), apresenta que 24% dos entrevistados relataram ter iniciado a conexão à internet na primeira infância – essa proporção era de 11% em 2015. Realidade conformada em pesquisa conduzidas, desde 2012, pelo Cetic.br , NIC.br , CGI.br . As pesquisas mostram uma tendência crescente do uso da internet na primeira infância. Atualmente, conforme dados destas agências de pesquisas, 95% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no país, sendo o celular apontado como o principal dispositivo de acesso para 97% dos usuários. Sobre vídeos e uso das redes sociais, 88% das crianças e adolescentes ouvidas têm acesso a vídeos online, 78% disseram ter WhatsApp, 66% Instagram, 63% TikTok e 41 % Facebook. Ressalte-se que as crianças negras ocupam esses espaços das redes sociais digitais, mas não figuram no ranking dos maiores canais ou perfis nas redes sociais digitais, conforme dados da Plataforma Social Blade (2022), sendo ‘invisibilizadas’. As crianças negras – produzem e compartilham narrativas com seus pares e se posicionam de diferentes formas sobre diferentes temáticas nas redes socais digitais, a exemplo do Instagram. Ensinam ao tempo que aprendem. Mas como as crianças negras reafirmam a beleza negra e seus cabelos cacheados? Como se contrapõem aos padrões hegemônicos de beleza? Como se apresentam no Instagram? Com vistas a problematizar este fenômeno, propomos como objetivo compreender as produções de crianças negras e as narrativas positivas sobre beleza negra na rede social Instagram, perfil ‘Duda Acaiaba’ (@dudaacaiaba). Utilizamos a técnica de observação e seleção de imagens, nos meses de maio e junho de 2023. As conclusões evidenciaram que as crianças negras estão em cena nas redes sociais a enaltecer a beleza negra. O perfil de Duda Acaiaba reafirma a beleza negra: cabelos crespos, pele retinta, olhos pretos – em processos (re)educativos por meio da comunicação nas plataformas digitais no enfrentamento o racismo, preconceito e discriminação na infância e por meio das narrativas ensinam outras crianças a questionar sua realidade.
