A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-055Palabras clave:
Identidade profissional, Pedagogo, Ditadura Militar, TecnicismoResumen
O período da ditadura militar no Brasil, de 1964 a 1985, impactou diretamente a área da educação, pois os militares fizeram desse momento um instrumento para transmissão das suas ideologias. Por este motivo, o ensino superior foi um dos alvos deste governo, já que estes futuramente atuariam nas escolas e deveriam, impositivamente, atender aos interesses ditatórias e ideológicos da educação imposta pelo governo militar. Mediante a isso, surgiu a seguinte indagação: Qual era a identidade profissional do pedagogo no período da ditadura militar no Brasil? Teve como objetivo discutir a identidade profissional do pedagogo no contexto da ditadura militar. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental (Gil, 2010), com abordagem qualitativa. A técnica empregada para análise dos dados foi a análise de conteúdo de Bardin (1997). Este estudo revelou que o curso de pedagogia passou por modificações em sua organização, com intuito de atender os interesses do sistema capitalista de produção. Diante disso, a identidade profissional do pedagogo foi definida em habilitações, seguindo o modelo empresarial e da tendência liberal tecnicista. Em contraposição a esse modelo de formação imposta pelos militares, surgiram movimentos sociais de educadores e demais instâncias da educação, como meio de lutar contra as ideologias dos militares e as imposições desse tipo de formação aos professores. Portanto, a identidade profissional do pedagogo sempre foi marcada por instabilidades, e sofreu modificações no período da ditadura militar, formando pedagogos para servir como mão de obra acrítica e propagar os ideais da tendência tecnicista na sua prática de ensino, com objetivo de manter a ordem vigente.
