ANÁLISE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL E A PREVENÇÃO QUATERNÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE TRABALHO NA APS DE UM MUNICÍPIO DA ZONA DA MATA MINEIRA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-043Palavras-chave:
Violência Obstétrica, Pré-natal, Prevenção Quaternária, Atenção Primária à SaúdeResumo
Objetivo: analisar a incidência de violência obstétrica no período gestacional e justificar a prevenção quaternária como estratégia de trabalho na APS de um município da Zona da Mata Mineira. Métodos: estudo transversal, realizado por meio de entrevista, com puérperas e profissionais das unidades básicas de saúde do município. Resultados: entre as puérperas, todas fizeram consultas de pré-natal (207), a maioria realizou mais de 6 consultas (57), considera ter sido orientada durante a gestação (194) e teve acesso a todos os exames e medicamentos (196). Porém, a maior parte não foi orientada (149) e não teve seu plano de parto elaborado (177). 190 realizaram pré-natal apenas com médico, 01 com enfermeiro e 16 com médico e enfermeiro. As que consideraram ter sido vítimas de agressão (05), são casadas (03), não brancas (03), com renda acima de três salários-mínimos (03) e com escolaridade maior que doze anos (03). Em relação aos treinamentos sobre violência obstétrica, evidenciou-se que alguns profissionais ainda possuíam percepções errôneas em relação às ações que caracterizam esse tipo de violência, mas que se modificaram após a capacitação. Conclusões: foi possível evidenciar potencialidades e fragilidades na assistência ao pré-natal e a importância da educação continuada dos profissionais da saúde, em busca de melhorias no serviço obstétrico.