AS RELAÇÕES ENTRE ISOLAMENTO, ATIVIDADES E MOBILIDADE URBANA PARA OS IDOSOS NA PANDEMIA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-308Palabras clave:
Envelhecimento, COVID-19, Ocupações, Participação Social, Saúde MentalResumen
Objetivo: identificar o impacto que a população de pessoas idosas teve durante a quarentena nas questões de isolamento social, mobilidade urbana e realização das atividades instrumentais de vida diária. E como objetivos específicos: realizar uma análise comparativa entre os padrões de mobilidade da pessoa idosa no pré e durante a pandemia COVID-19, verificar o impacto da redução de mobilidade urbana durante a pandemia na realização de suas AIVDS e investigar sintomas de depressão. Método: estudo transversal e quantitativo, realizado com 43 sujeitos do interior do estado de São Paulo, com critérios de inclusão de indivíduos ativos, com idade cronológica igual ou superior à 60 anos, de ambos os gêneros e, como critério de exclusão diagnóstico relacionado à comprometimentos de ordem cognitiva ou física que comprometesse a sua independência funcional. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram um questionário e a Escala de Depressão Geriátrica Yesavage Abreviada (GDS-15). Análise de dados feita com estatísticas pelo programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 18)., testes de McNemar e o quiquadrado de Pearson, com a correção de continuidade de Yates, com nível de significância adotado de 5% (p < 0,05). Resultados: predomínio de participantes do sexo feminino, 28 (65,12%), maioria com idade entre 70 a 79 anos, totalizando 23 (53,49%) e 25 (58,14%) casados. Quanto à escolaridade, 16 (37,21%) com nível superior e 15 (34,88%) com nível fundamental. Para 37 (86,05%) dos idosos, a frequência de visita aos locais diminuiu durante a pandemia, enquanto para 4 (9,30%) permaneceu a mesma e para 2 (4,65%) aumentou. Com a pandemia, um número menor de indivíduos utilizou o ônibus como meio de transporte, sendo que a porcentagem foi de 34,88% para 18,6%. Em relação ao uso de carro, o quantitativo foi de 72,09% para 79,07%. Em relação às atividades essenciais e de interação social, houve uma diminuição de indivíduos que frequentam estes locais (p-0.04123) e (p-0.37110), respectivamente. O número de mulheres com algum indicativo de depressão foi maior durante a pandemia (p-0.01333). Do total de sujeitos com sintomas depressivos, 41,7% residiam sozinhos, enquanto 58,3% moravam com alguém. Conclusões: A pandemia do COVID-19 modificou o cotidiano das pessoas idosas e o presente estudo contribuiu para a identificação do impacto do isolamento social, sobre os padrões de mobilidade urbana e realização de atividades para os sujeitos. Evidenciando a importância de buscar estratégias e ações para superação das possíveis consequências desse contexto para a saúde das pessoas idosas.