INTERNAÇÕES POR ANEMIA FERROPRIVA EM IDOSOS NO BRASIL ANTES, DURANTE E APÓS A PANDEMIA DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-275Palabras clave:
Anemia ferropriva, COVID-19, IdososResumen
Esta pesquisa teve como objetivo analisar as internações por anemia ferropriva em idosos, antes, durante e após a pandemia da Covid-19. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), mediante regressão de Prais-Winsten. No período de 2017 a 2023 foram notificadas 42.805 internações por anemia ferropriva em idosos no Brasil. O coeficiente anual aumentou no país durante e após a pandemia da Covid-19, passando de 21 casos por 100 mil idosos em 2017 para 24 por 100 mil em 2023, apresentando tendência estacionária (-0,5%; p=0,176). A análise do coeficiente de internação e da tendência por região, demonstrou-se crescente nas regiões Norte (1,5%; p = 0,040) e Centro-Oeste (1,1%; p = 0,049) e, estacionários nas demais regiões. As taxas de internações e mortalidade foram mais elevadas no sexo masculino (22,8 a 26,0 casos/100mil; 7,4 a 6,58%), na faixa etária de 80 anos ou mais (53,6 a 60,0 casos/100mil; 8,09 a 7,58%), em caráter de urgência (19,3 a 21,8/100mil; 6,96 a 6,54%). É possível concluir que as internações por anemia ferropriva em idosos no país aumentaram, principalmente durante e após a pandemia da covid-19, predominando entre homens acima dos 80 anos. Assim, as restrições sanitárias, a redução da renda, a infecção viral, a baixa ingestão de alimentos ricos em ferro e as dificuldades de acesso aos serviços de saúde durante a pandemia da Covid-19, podem ter contribuído para esse aumento. Dessa forma, ressalta-se a importância das políticas públicas voltadas a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da população idosa, a fim de, reduzir as taxas de hospitalizações e mortalidade no país.