LA FILOSOFÍA DE LA EDUCACIÓN COMO REFLEXIÓN SOBRE EL SENTIDO Y LOS FINES DEL ACTO EDUCATIVO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-347Palabras clave:
Formación Crítica, Política Pública, Epistemología Educativa, Trabajo Docente, Sociedad DigitalResumen
La investigación parte del reconocimiento de que comprender el sentido y los fines del acto educativo es esencial para enfrentar la crisis contemporánea de la escuela. Analiza cómo la Filosofía de la Educación contribuye a esa comprensión y examina, a la luz de diversas tradiciones filosóficas, las bases que sustentan la educación como práctica ética, racional, histórica y humanizadora. Metodológicamente, consiste en una investigación cualitativa y bibliográfica que realiza lectura analítica e interpretación crítica de obras filosóficas y pedagógicas, articulando conceptos fundamentales para comprender los desafíos actuales de la educación. El análisis se organiza en tres ejes: a) fundamentos filosóficos de la educación, que muestran cómo distintas concepciones de ser humano y sociedad orientan la formación; b) tensiones de la escuela contemporánea, marcadas por mercantilización, precarización docente, desigualdades sociales, violencia escolar, estandarización curricular e impactos de la cultura digital; y c) función mediadora de la Filosofía de la Educación, que ofrece criterios éticos y políticos para resistir el tecnocratismo y recuperar el sentido público de la escuela. Se concluye que recuperar el sentido del acto educativo exige reconocer que la crisis escolar también deriva de la ausencia histórica de políticas de Estado, reemplazadas por acciones gubernamentales fragmentadas que debilitan las condiciones del trabajo docente y la función pública de la educación. Reafirmar el carácter humanizador, crítico y democrático de la educación implica resistir la lógica mercantil y reposicionar la escuela como espacio de formación integral, autonomía y justicia social, condición indispensable para transformar la sociedad contemporánea.
Descargas
Referencias
ADORNO, Theodor W. Educação após Auschwitz. In: ADORNO, T. W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. p. 119–138.
ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Paulus, 1997.
AGOSTINHO, Santo. De magistro. São Paulo: Paulus, 1997.
AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. São Paulo: Loyola, 2001.
APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. Antônio Pinto de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora UnB, 1991.
ARROYO, Miguel González. Ofício de mestre: imagens e autoimagens. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Decreto n. 12.686, de 20 de outubro de 2025. Institui diretrizes de equidade e acessibilidade na educação básica e superior. Diário Oficial da União, Brasília, 2025.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 10. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Qualidade da educação: uma abordagem filosófica. Campinas: Autores Associados, 2018.
DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
DUSSEL, Enrique. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
GALLO, Silvio. A filosofia na sala de aula. Campinas: Papirus, 2018.
GENTILI, Pablo. A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo. Petrópolis: Vozes, 1995.
GHIRALDELLI, Paulo. O que é Filosofia da Educação. São Paulo: Brasiliense, 2000.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
HERÁCLITO. Fragmentos. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E. Os filósofos pré-socráticos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994.
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: 1789–1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp, 2009.
ILLICH, Ivan. Sociedade sem escolas. Petrópolis: Vozes, 1971.
KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. Trad. M. C. Fornari. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 21. ed. São Paulo: Loyola, 2015.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010.
MARX, Karl. Para a crítica da economia política. São Paulo: Boitempo, 2010.
PARMÊNIDES. Poema. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E. Os filósofos pré-socráticos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2011.
RIFKIN, Jeremy. A terceira revolução industrial: como a internet, as energias renováveis e a impressão 3D estão transformando o mundo. São Paulo: M. Books, 2011.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio, ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2017.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Para um Novo Senso Comum, v. 1).
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2008.
SAVIANI, Dermeval. Sistema Nacional de Educação: problemática, estado da arte e perspectivas. Campinas: Autores Associados, 2010.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 12. ed. Campinas: Autores Associados, 2013.
SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro, 2016.
SELWYN, Neil. Education and technology: key issues and debates. London: Bloomsbury, 2016. DOI: https://doi.org/10.5040/9781474235952
SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: Cortez, 2006.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
