MANEJO DO PACIENTE EM CRISE HIPERTENSIVA NO MUNICÍPIO DE PORTO NACIONAL – TO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-235Palabras clave:
Emergência Hipertensiva, Lesão de Órgão-Alvo, Tratamento, Urgência HipertensivaResumen
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma patologia crônica definida por níveis elevados de pressão arterial. Sendo assim, a baixa adesão ao tratamento ou a sua interrupção pode levar a complicações como a elevação abrupta da PA que dará origem ao quadro clínico de crise hipertensiva. No que diz respeito a crise hipertensiva, ela é dividida em duas: urgência hipertensiva, definida por PAS ≥ a 180 mmHg e/ou PAD ≥ 120 mmHg, sem LOA (lesão de órgão-alvo); e emergência hipertensiva, definida pelos mesmos valores de PAS e PAD, com presença de LOA. Objetivo: Analisar como é realizado o manejo do paciente em crise hipertensiva na UPA de Porto Nacional – TO em 2024, com foco na eficácia dos protocolos de atendimento e qualidade do cuidado prestado. Metodologia: A pesquisa é um estudo epidemiológico, observacional, analítico, do tipo transversal, que objetiva avaliar o manejo do paciente em crise hipertensiva na Unidade de Pronto Atendimento de Porto Nacional – TO. Ademais, o estudo foi realizado no período de outubro de 2024 a maio de 2025, por meio de prontuários de pacientes que deram entrada em crise hipertensiva na UPA. Resultados e discussão: Foram analisados 527 prontuários de pacientes com pico hipertensivo na UPA de Porto Nacional (jan–abr/2024). Houve predominância de mulheres (61,8%) e faixa etária entre 40 e 60 anos. Observou-se ausência de distinção entre urgência e emergência hipertensiva e uso predominante de captopril por via oral. Apenas 14,4% realizaram ECG e não houve registro de investigação de lesões em órgãos-alvo. O estudo evidencia a necessidade de padronizar o manejo das crises hipertensivas, com adequada classificação dos casos e uso correto das vias de administração. Conclusão: O estudo evidenciou que, apesar da existência de diretrizes para o manejo da hipertensão arterial sistêmica e suas crises, as condutas observadas não seguiram integralmente as recomendações. A falta de critérios para distinguir urgência e emergência hipertensiva e o manejo baseado na disponibilidade de medicamentos foram frequentes. Ressalta-se a necessidade de qualificar o atendimento nas urgências e fortalecer a Atenção Primária à Saúde para melhor controle e prevenção das complicações da hipertensão.
Descargas
Referencias
BALAHURA, Ana-Maria et al. The Management of Hypertensive Emergencies—Is There a “Magical” Prescription for All?. Journal of clinical medicine, v. 11, n. 11, p. 3138, 2022.
BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial–2020. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 116, p. 516-658, 2021.
BIF, Suzana Mioranza et al. CRISES HIPERTENSIVAS: ANÁLISE CRÍTICA DAS CARACTERÍSTICAS E ESTRATÉGIAS DE MANEJO EM CONTEXTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Practices and Theories of Contemporary Medicine, p. 1, 2024.
BORTOLOTTO, Luiz Aparecido et al. Crises Hipertensivas: Definindo a gravidade e o tratamento. Rev. Soc. Cardiol. Estado de São Paulo, p. 254-259, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2023: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, p.97-106, 2023.
DA PENHA LINS, Raphaela et al. CRISE HIPERTENSIVA NA EMERGÊNCIA: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. Editor Chefe, Capítulo 36, p. 289-296, 2020.
DE FREITAS, Guilherme Barroso L. Cardiologia Teoria e Prática Edição II. Editora Pasteur, Cap 18, p. 175-178, 2021.
DE LIMA ARRUDA, Alcínia Braga et al. Produção de uma cartilha educativa sobre a prevenção e controle da hipertensão arterial. Conjecturas, v. 21, n. 5, p. 418-430, 2021.
JATENE, Ieda B.; FERREIRA, João Fernando M.; DRAGER, Luciano F.; e outros. Tratado de cardiologia SOCESP. 5ª edição. Barueri: Manole, 2022.
LANGOWISKI, André Ribeiro; TROMPCZYNSKI, Janine. Linha Guia de Hipertensão Arterial. 2018.
MCEVOY, John William et al. 2024 ESC Guidelines for the management of elevated blood pressure and hypertension: Developed by the task force on the management of elevated blood pressure and hypertension of the European Society of Cardiology (ESC) and endorsed by the European Society of Endocrinology (ESE) and the European Stroke Organisation (ESO). European Heart Journal, p. ehae178, 2024.
MENEZES, Marcelo Henrique et al. Hipertensão arterial sistêmica e eventos cardiovasculares no estado do Tocantins, Brasil. Revista de Patologia do Tocantins, v. 4, n. 2, p. 50-53, 2017.
PEIXOTO, Aldo J. Acute severe hypertension. New England Journal of Medicine, v. 381, n. 19, p. 1843-1852, 2019.
SOUSA, Ana Luiza Lima et al. Prevalência, tratamento e controle da hipertensão arterial em idosos de uma capital brasileira. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 112, p. 271-278, 2019.
