FALHA DE TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA EM POTRO NEONATO: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-023Palavras-chave:
Colostro, FTIP, Transfusão de PlasmaResumo
A falha de transferência de imunidade passiva (FTIP) em potros neonatos tem prevalência de 10% a 18%, sendo a causa mais comum de imunodeficiência em equinos, deixando os animais afetados predispostos a apresentação de diarreias, pneumonia, onfaloflebite, artrite e sepse neonatal e até ao óbito. Foi atendido em uma propriedade situada no município Montes altos, um potro mestiço, macho, de 1 dia de vida, pesando 30 Kg, com histórico de apatia. No exame clínico observou-se 120 bpm e 110 mpm, temperatura de 38,4°C, TPC de dois segundos, mucosas róseas e hipoglicemia (< 30 mg/dL). Ao avaliar a égua, observou-se também pequeno desenvolvimento da glândula mamária, suspeitando-se de baixa produção de leite e que esse potro poderia não ter mamado o colostro ou que esse colostro não apresentasse as concentrações devidas de imunoglobulinas. Foi coletado sangue do potro para realização de teste rápido comercial para dosagem de IgG (IgG Check®), onde foi verificado a que as concentrações plasmáticas de IgG abaixo de 400 mg/dL sendo confirmada a falha de transferência de imunidade passiva. O tratamento instituído no potro foi a transfusão de plasma sanguíneo, coletado a partir da própria égua, sendo transferidos um total de 1200 ml, via intravenosa de forma lenta, além do tratamento da égua com Metoclopramida 0,25 mg/Kg IM duas vezes ao dia por dois dias, a fim de estimular a descida do leite. O presente trabalho, tem como objetivo relatar um caso de falha de transferência de imunidade passiva em um potro neonato, esclarecendo o que é a falha de transferência de imunidade passiva, quais os fatores predisponentes para sua ocorrência, medidas que podem ser implementadas nas propriedades a fim de prevenir a sua ocorrência, além de descrever o tratamento adotado para cura clínica do animal do presente relato de caso.
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