TELEMEDICINA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS): EVIDÊNCIAS, ESTRATÉGIAS E DESAFIOS (2020-2025)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-098Palavras-chave:
Telemedicina, Atenção Primária à Saúde, Saúde Digital, Sistema Único de Saúde, Equidade em SaúdeResumo
A telemedicina consolidou-se, entre 2020 e 2025, como inovação estratégica com forte impacto na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Este estudo, baseado em revisão narrativa da literatura, sintetiza evidências sobre benefícios, estratégias e desafios da implementação no Sistema Único de Saúde (SUS). Observou-se redução de filas, ampliação do acesso, satisfação dos usuários e maior resolutividade da APS, com desfechos clínicos equivalentes aos atendimentos presenciais em condições de baixa e média complexidade. Persistem, contudo, barreiras de conectividade, letramento digital, resistência profissional e financiamento. Questões éticas e legais, como proteção de dados (LGPD) e consentimento informado, seguem centrais. Conclui-se que a telemedicina é componente estratégico para consolidar a APS, demandando políticas públicas sustentáveis, capacitação contínua e integração com tecnologias digitais emergentes para reduzir desigualdades e fortalecer o SUS.
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