PREVALÊNCIA DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PACIENTES HIPERTENSOS: ESTUDO DE CASOS NO AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA DO CENTRO INTEGRADO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS (CIEM) EM PARNAÍBA – PI
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-450Keywords:
Apneia obstrutiva do sono, Hipertensão arterial, Sono, SaúdeAbstract
INTRODUÇÃO: A apneia do sono é uma condição caracterizada por episódios recorrentes de interrupção total (apneia) ou parcial (hipopneia) da respiração durante o sono. Podendo ser classificada em apneia obstrutiva do sono (AOS) quando ocorre devido ao bloqueio das vias aéreas superiores no decurso do adormecer, resultando em esforço respiratório contínuo. É caracterizada como um determinante de risco independente para o surgimento de diferentes doenças cardiovasculares, sendo a principal, a hipertensão arterial sistêmica. A AOS e a hipertensão arterial possuem uma relação bidirecional, em que a presença de uma aumenta o risco da outra. OBJETIVO: Investigar a prevalência da Apneia Obstrutiva do Sono em pacientes hipertensos atendidos no Ambulatório de Cardiologia do Centro Integrado de Especialidades Médicas (CIEM). METODOLOGIA: Estudo de corte transversal realizado no CIEM, da cidade de Parnaíba/PI. Durante o período de um ano, com frequência de um dia por semana, utilizando a aplicação de quatro questionários como instrumentos de coleta de dados, em forma de entrevista, sendo: a Escala de Sonolência de Epworth (ESE), Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI), Questionário de Berlim e Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A análise estatística foi conduzida com o auxílio do software GraphPad Prism 5, e os dados foram organizados e tabulados utilizando o programa Microsoft Excel 2013. Para as variáveis quantitativas, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes. RESULTADOS: Foi realizada uma comparação entre os escores da ESE e do PSQI em participantes com alto e baixo risco para AOS. O escore médio da ESSE no grupo de alto risco foi de (9,3±5,0) em relação ao de baixo risco (7,0±4,6), mas sem diferença significativa. Já no PSQI, os escores médios foram significativamente mais altos no grupo de alto risco (17,4±6,1) comparado ao de baixo risco (13,1±5,9), indicando pior qualidade do sono no grupo de maior risco (p=0,0081). CONCLUSÃO: Apurou-se a prevalência de possíveis casos de AOS em pacientes hipertensos, evidenciando que, embora a qualidade do sono dos pacientes com maior risco para AOS seja significativamente pior, a sonolência diurna excessiva não foi um fator determinante para a classificação de risco. Além disso, o PSQI mostrou-se útil na distinção entre risco positivo e negativo para AOS.
