DOENÇA CARDÍACA E RENAL: ÓBITOS DE 2000 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-364Keywords:
Síndrome Cardiorenal, Nefropatias, Doenças urogenitaisAbstract
INTRODUÇÃO: As doenças cardíacas e renais representam um grave problema de saúde pública no Brasil, sendo responsáveis por uma significativa parcela da mortalidade, especialmente entre idosos. Fatores como envelhecimento populacional, sedentarismo, má alimentação e dificuldades no acesso ao tratamento agravam o cenário, aumentando a incidência dessas enfermidades. Além disso, há desigualdades regionais na distribuição dos óbitos, evidenciando a necessidade de políticas mais eficazes para prevenção e manejo dessas doenças. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi realizar o levantamento epidemiológico acerca dos óbitos por doença cardíaca e renal, entre 2000 a 2023. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, descritivo, transversal e retrospectivo. Os dados foram coletados a respeito dos casos novos notificados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), acerca dos óbitos por doença cardíaca e renal, os quais encontram-se disponíveis no banco de dados online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A coleta dos dados foi realizada em 2025, sendo selecionados os dados relativos levantando-se as variáveis: número de óbitos por região, óbitos anuais, idade, sexo e raça (CID I13). RESULTADOS: Entre 2000 a 2023 houveram 44.706 óbitos por doenças cardíacas e renais. Sendo a distribuição por região: i) Região Norte: 2.639 (5,9%), ii) Região Nordeste: 9.982 (22,3%), iii) Região Sudeste: 21.679 (48,5%), iv) Região Sul: 7.419 (16,6%) e v) Região Centro-Oeste: 2.987 (6,7%). A distribuição anual dos casos se deu: 1) 2000: 972 (2,1%), 2) 2001: 1.013 (2,2%), 3) 2002: 893 (2%), 4) 2003: 1.127 (2,5%), 5) 2004: 1.211 (2,7%), 6) 2005: 1.260 (2,8%), 7) 2006: 1.338 (3%), 8) 2007: 1.490 (3,3%), 9) 2008: 1.597 (3,6%), 10) 2009: 1.671 (3,7%), 11) 2010: 1.706 (3,8%), 12) 2011: 1.785 (4%), 13) 2012: 1.686 (3,7%), 14) 2013: 1.881 (4,2%), 15) 2014: 1.841 (4,1%), 16) 2015: 1.941 (4,3%), 17) 2016: 2.145 (4,8%), 18) 2017: 2.605 (5,8%), 19) 2018: 2.801 (6,2%), 20) 2019: 2.732 (6,1%), 21) 2020: 2.630 (5,8%), 22) 2.694 (6%) e 23) 3.032 (6,8%). A distribuição por faixa etária se deu: 1) Menor de 1 ano: 15 (0,03%), 2) 1 a 9 anos: 26 (0,05%), 3) 10 a 19 anos: 61 (0,13%), 4) 20 a 29 anos: 240 (0,53%), 5) 30 a 39 anos: 696 (1,55%), 6) 40 a 49 anos: 2.018 (4,51%), 7) 50 a 59 ano: 4.743 (10,60%), 8) 60 a 69 ano: 8.285 (18,5%), 9) 70 a 70 anos: 11.546 (25,8%), 10) 80 anos e mais: 17.059 (38,27%) e 11) idade ignorada: 17 (0,03%). A distribuição por sexo se deu: i) masculino: 22.966 (51,37%), ii) feminino: 21.737 (48,62%) e iii) ignorado: 3 (0,01%). E por fim, a distribuição racial se deu: i) branca: 23.110 (51,7%), ii) preta: 4.906 (11%), iii) amarela: 285 (0,6%), iv) parda: 14.083 (31,5%), v) indígena: 87 (0,20%), vi) ignorado: 2.235 (4,8%). CONCLUSÃO: Entre 2000 e 2023, o Brasil registrou 44.706 óbitos por doenças cardíacas e renais, com maior concentração na Região Sudeste (48,5%). O número de mortes aumentou progressivamente, atingindo o pico em 2023 (6,8%). A maioria dos óbitos ocorreu em idosos, especialmente acima de 80 anos (38,27%), e houve leve predominância do sexo masculino (51,37%). Quanto à distribuição racial, a maior parte dos falecidos era branca (51,7%) e parda (31,5%). Esses dados destacam a importância do aprimoramento das políticas de prevenção e tratamento, especialmente para idosos e grupos mais vulneráveis.
