EDUCAÇÃO INCLUSIVA E CEGUEIRA: REFLEXÕES SOBRE EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS NO ENSINO REGULAR
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-034Keywords:
Cegueira, Inclusão, Declaração de SalamancaAbstract
O texto apresenta reflexões teóricas e práticas sobre as atividades realizadas no V Encontro Ouvindo Vozes e Promovendo Diálogos, que abordou a temática dos desafios para a permanência dos alunos deficientes no ensino. Considerando a importância da educação inclusiva, o encontro teve como objetivo aproximar os participantes da oficina: “Sentindo na pele: a cegueira”, da percepção de mundo de pessoas cegas, a partir das relações que estabelecem com o ambiente escolar. A proposta buscou proporcionar aos participantes a experiência de vivenciar a ausência de visão, por meio de atividades que possibilitassem um maior reconhecimento do espaço ao seu redor, das interações com outras pessoas e da própria percepção individual. Para embasar essa abordagem, o texto apresenta um breve relato sobre a Declaração de Salamanca, documento fundamental para as políticas educacionais inclusiva no Brasil, e sobre o Instituto Benjamin Constant, referência no estudo da deficiência visual, ambos contribuintes para a ampliação dos diálogos perspectivas no processo de desenvolvimento humano. A metodologia utilizada foi de abordagem qualitativa e de natureza participante, envolvendo práticas inseridas em um contexto educativo inclusivo. Os resultados evidenciam que discutir inclusão é mais simples do que efetivá-la na prática. No entanto, ao permitir que pessoas sem deficiência vivenciem, ainda que temporariamente, os desafios enfrentados pelas pessoas cegas no cotidiano, cria-se uma oportunidade de transpor o discurso para a ação, promovendo maior conscientização e engajamento na construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva.
