AS FONTES DE FORMAÇÃO DAS CRENÇAS DE AUTOEFICÁCIA DE REGENTES DE GRUPOS MUSICAIS ESCOLARES: UM ESTUDO QUALITATIVO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-031Keywords:
Fontes das Crenças de Autoeficácia, Teoria Social Cognitiva, Estudo Qualitativo, Educação Musical, Regência Musical, Crenças de Autoeficácia DocenteAbstract
As Crenças de Autoeficácia (CAE) dos professores são determinantes cruciais da prática docente, influenciando seu esforço, persistência e resiliência, particularmente em contextos desafiadores como a regência de grupos musicais escolares. A compreensão de como essas crenças são formadas é essencial para subsidiar a formação e o desenvolvimento profissional destes educadores. Este artigo objetiva explorar as fontes de informação que influenciam a formação das Crenças de Autoeficácia de professores que atuam como regentes de grupos musicais em escolas de educação básica no Brasil, fundamentando-se na Teoria Social Cognitiva (TSC) de Albert Bandura. Adotou-se uma abordagem qualitativa, mediante um estudo de entrevistas semiestruturadas com sete professores/regentes (N=7) atuantes em distintos contextos escolares e com variados tipos de grupos musicais (coros, bandas/fanfarras, orquestras). A análise de conteúdo das entrevistas desvelou como as quatro fontes de informação propostas por Bandura – experiências diretas de domínio, experiências vicárias, persuasão social e estados somáticos e emocionais – manifestam-se nas trajetórias e percepções desses regentes. Os resultados indicam que todas as fontes são relevantes, com proeminência para as experiências diretas de domínio como a mais robusta, mormente para regentes com maior tempo de atuação. As experiências vicárias, tanto presenciais quanto mediadas tecnologicamente, e a persuasão social positiva foram consideradas fundamentais, ao passo que os estados somáticos e emocionais apresentaram maior impacto negativo em regentes menos experientes. Um fator adicional emergente foi a interdependência percebida entre o regente e seus alunos, particularmente vinculada às apresentações públicas, influenciando diretamente as CAE para a regência. Conclui-se que a formação das CAE é um processo complexo e dinâmico, moldado pela interação dessas fontes no contexto específico da regência escolar, sugerindo a importância de considerar tais elementos na formação docente.
