PROTOCOLO LOPH E RESGATE COM DOXORRUBICINA, VINCRISTINA E CITARABINA NO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO DA LEUCEMIA CRÔNICA EM FELINO FELV POSITIVO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-248Palabras clave:
Leucemia felina, Oncologia, QuimioterapiaResumen
A leucemia crônica é uma desordem mieloproliferativa considerada rara em felinos, acometendo principalmente gatos idosos, sendo observada também em animais portadores do vírus da leucemia felina (FeLV), podendo este estar associado direta ou indiretamente à oncogênese da neoplasia. Objetivou-se relatar um caso de associação entre o FeLV e a leucemia linfocítica crônica em uma gata de 5 anos de idade. Em seu primeiro atendimento, o animal apresentava anemia grave (hematócrito 10%), leucocitose (21.140/µL) por linfocitose (44% do total de leucócitos) com presença de mononucleares atípicas circulantes e sinais clínicos de palidez de mucosas, prostração e hiporexia progressivos. Foi realizado a transfusão sanguínea ainda no dia 0, e após 24h foi performado punção de medula óssea para obtenção de diagnóstico definitivo por meio de mielograma. Durante a primeira semana o animal apresentou melhora clínica e o resultado do mielograma confirmou a suspeita de leucemia linfocítica crônica. Foi instituído o protocolo de resgate com doxorrubicina, vincristina e citarabina (OCH), e cinco ciclos foram realizados. Durante este período, foi necessário a realização de quatro novas transfusões sanguíneas devido a episódios de anemia com piora no quadro clínico, além de repetidos episódios de neutropenia na qual foi necessário instituir antibioticoterapia profilática e aplicação de fator estimulante de granulócitos e monócitos. Após o quinto ciclo, devido à persistência das alterações hematológicas e reaparecimento de células atípicas circulantes, a proprietária optou por não dar continuidade ao tratamento, sendo realizado eutanásia no 226º dia desde seu primeiro atendimento, obtendo-se aproximadamente 7,5 meses de sobrevida.
