A CONFLUÊNCIA DO FORCADO: O MONSTRO, CIÊNCIA E LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-089Palavras-chave:
Semiótica, História da Ciência, Figuras de linguagemResumo
A analogia não conhece limites; é o mais rico dos fios semânticos que conectam os humanos às coisas. A analogia irradia por todos os espaços e fendas possíveis, envolvendo humanos por todos os lados. No entanto, assim como envolve, também é envolvido, transmitindo as semelhanças que recebe do mundo. Os humanos são a gênese do arquétipo, onde todas as relações convergem, nascem e morrem. Nossas hipostatizações, nossos relacionamentos com coisas, animais ou pessoas, estão em constante fluxo. No entanto, algumas relações semióticas com o reflexo distorcido da realidade parecem persistir, como no caso do que nós, acadêmicos, costumamos chamar de mitos e lendas. Uma lenda, por exemplo, só se torna uma lenda quando deixa de funcionar como um fato dentro de nossa cultura. O monstro, por exemplo, só se torna mítico quando deixa de rondar as nossas casas e de sugar o sangue das nossas cabras, para depois aparecer em algum dicionário de Mitos e Lendas. As teorias nos fazem rir das semelhanças hoje, mas o que as teorias fazem hoje? Acima de tudo, eles se justificam em vez de justificar as coisas.