PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE PACIENTES COM LESÃO MEDULAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-081Palavras-chave:
Lesão medular, Utilização de Medicamentos, Polifarmácia, Reabilitação Neurológica, Cuidados SubagudosResumo
Objetivo: A lesão medular (LM) pode resultar na perda parcial ou total das funções motoras, sensoriais e autonômicas, além de diversas complicações psicoemocionais, impactando tanto os indivíduos quanto suas famílias. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes com LM na alta hospitalar de uma unidade de reabilitação e cuidados de longa permanência.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo com delineamento transversal. Os dados foram coletados de pacientes hospitalizados entre janeiro e dezembro de 2022.
Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 42,4 ± 13,7 anos, e a maioria era do sexo masculino (84,9%). Mais da metade dos participantes (56,6%) não tinha ensino médio completo e 56,6% eram solteiros. A LM traumática foi responsável por 83,0% dos casos, e as principais causas foram quedas de altura (31,8%), ferimentos por arma de fogo (25,0%) e acidentes automobilísticos (22,7%). Os pacientes mais jovens tiveram melhores resultados funcionais, enquanto aqueles com hospitalizações intermediárias (91 a 180 dias) demonstraram o maior percentual de melhora na dependência funcional (60,0%) em comparação com outros grupos de pacientes. Os medicamentos comumente prescritos na alta hospitalar incluíram aqueles para controle da dor e dos sintomas gastrointestinais.
Conclusão: Nossos achados fornecem insights cruciais para a gestão desse serviço de saúde e contribuem para o avanço epistemológico em uma área relativamente pouco explorada.