RESPOSTA NEUROIMUNOENDÓCRINA AO ESTRESSE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A PATOGÊNESE DAS DERMATOPATIAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-047Keywords:
Pele, Dermatopatias, Neurotransmissores, Dermatite Atópica, Psoríase, Qualidade de Vida, Sistema Imunitário, Transtornos MentaisAbstract
A resposta neuroimunoendócrina ao stress psicológico desempenha um papel fundamental na patogénese das doenças dermatológicas. Esta revisão integrativa da literatura sintetiza as descobertas recentes sobre as interações entre o stress e as doenças da pele, centrando-se no sistema neuroimune-cutâneo (NICS) e nas suas implicações clínicas. O stress psicológico ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), desencadeando a libertação de hormonas do stress, neuropeptídeos e citocinas inflamatórias, que perturbam a imunidade da pele e exacerbam doenças como a psoríase e a dermatite atópica. Esta relação bidirecional é agravada pelo peso psicossocial das lesões cutâneas visíveis, que afectam negativamente a autoestima e a saúde mental, criando um ciclo de feedback de stress e inflamação. As principais conclusões destacam o papel dos neurotransmissores, como a serotonina e a substância P, na amplificação das respostas imunitárias e do prurido, bem como a prevalência de comorbilidades psiquiátricas entre os doentes dermatológicos. A evidência apoia a integração de técnicas de gestão do stress, como a psicoterapia e o mindfulness, nas terapias dermatológicas para interromper este ciclo e melhorar os resultados dos doentes. Esta revisão sublinha a necessidade de abordagens clínicas holísticas que tratem os aspectos físicos e emocionais das condições dermatológicas, enfatizando a importância de mais investigação sobre as vias neuroimunoendócrinas e as intervenções psicodermatológicas para melhorar os cuidados e a qualidade de vida dos doentes.