FORMOSO DO ARAGUAIA - TOCANTINS: AS FORMAS SEMÂNTICO-LEXICAIS DA BRINCADEIRA CHICOTE QUEIMADO NA AMAZÔNIA LEGAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-144Keywords:
Dialetologia Pluridimensional e Relacional, Sociolinguística, Brincadeira infantil, Variantes lexicais, Formoso do AraguaiaAbstract
Neste artigo, analisam-se as variantes lexicais encontradas para a brincadeira “chicote queimado” a partir da fala dos moradores de Formoso do Araguaia, Tocantins. O objetivo principal é investigar as representações dialetológicas pluridimensionais e relacionais no contexto semântico-lexical desses falantes, nascidos ou residentes na localidade, que integra a Amazônia Legal. Para alcançar esse objetivo, adota-se uma abordagem qualitativa fundamentada na Dialetologia Pluridimensional e Relacional. Utiliza-se a técnica dos três passos de Thun (2010) – perguntar, insistir e sugerir – e aplica-se o Questionário Semântico-Lexical (QSL) do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), composto por 202 perguntas, distribuídas em nove áreas semânticas. No entanto, este estudo concentra-se na área de jogos e diversões infantis, com foco na questão 164: “Uma brincadeira em que as crianças ficam em círculo, enquanto uma outra vai passando com um objeto que deixa cair atrás de uma delas, e esta pega o objeto e sai correndo?”. Além disso, os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística são incorporados ao estudo a partir das dimensões labovianas (Labov, 2008). Participaram do estudo 48 informantes, distribuídos igualmente entre os sexos masculino e feminino, e divididos em duas gerações: os mais velhos (CbGII) e os mais jovens (CbGI). Considerando a dinâmica migratória da região pesquisada, foram selecionados apenas informantes da classe baixa (Cb) com menor grau de escolaridade. As análises concentraram-se na ocorrência, frequência e divergência das variantes encontradas, e essas informações foram registradas em mapas polifórmicos e mapas de status da forma, com o objetivo de proporcionar uma análise globalizada.