AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM AO LONGO DE UM ANO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-014Keywords:
Avaliação em Saúde, Diagnóstico da Situação de Saúde, Estudantes de Enfermagem, Ansiedade, DepressãoAbstract
Introdução: A ansiedade e a depressão observadas em jovens estão associadas a má qualidade de vida durante o período universitário, no que se refere não só maus hábitos alimentares e de vida, como também a incapacidade de lidar com problemas associados à faculdade e a sua futura profissão. Cada etapa da vida, com suas devidas preocupações e questionamentos, interfere no nível de sobrecarga e na cobrança entre os universitários. Objetivo: Este estudo propôs-se a investigar os níveis de ansiedade e depressão entre os acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública do interior do Paraná, em três momentos distintos, durante um ano. Método: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, descritiva, exploratória, com corte longitudinal. A coleta de dados ocorreu em três momentos distintos ao longo do ano (março, julho e novembro) de 2019, utilizando-se da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão – Hospitalar Anxiety and Depression Scale (HADS), validada para o Brasil para avaliação da ansiedade e da depressão, bem como e um instrumento de caracterização sociodemográfica e acadêmica dos sujeitos, construído e validado (face, conteúdo e semântica) para este estudo, por especialistas na área da educação e da saúde mental. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais para as variáveis de interesse, bem como o cálculo do alfa de Cronbach para a avaliação da consistência interna dos itens da escala HADS. Os testes t de Student, Análise de Variância (ANOVA) e ANOVA de uma via com medidas repetidas foram utilizadas para as comparações das medidas de ansiedade e depressão, bem como com variáveis sociodemográficas e acadêmicas entre os acadêmicos, ao longo das três avaliações. Resultados: Entre os 77 acadêmicos participantes, 92,2% eram mulheres com idade média de 21 anos; 15,4% casados; 74,6% se declararam católicos; 65,8% se declaram como bons alunos. A idade e o fato de possuir dependência em alguma matéria foram consideradas estatisticamente significantes, quando comparados entre os anos do curso. Médias de ansiedade nas três medidas, respectivamente, para enfermagem geral: 10,0; 9,9; e 9,5, não sendo consideradas estatisticamente significantes. E para depressão: 7,1; 7,4; 7,1 sendo estatisticamente significante para a terceira avaliação. Não houve variação estatística significante entre a avaliação dos níveis de ansiedade e depressão nas três medidas. Conclusão: Os níveis de ansiedade e depressão avaliados pela HADS, do grupo Enfermagem Geral não foram tão expressivos quantitativamente, ainda são valores maiores do que outras pesquisas envolvendo universitários de enfermagem e/ou da área da saúde. Dados do estudo indicaram não haver diferença nos níveis de ansiedade e depressão, nos momentos diferentes, ao longo do ano. Não ter atingido a população de acadêmicos do curso em questão, como um todo, nas avaliações realizadas, foi uma das limitações do estudo. Novos estudos estão sendo providenciados para tentar explicar as variações dos níveis de ansiedade e depressão dos acadêmicos do curso de Enfermagem em questão, com abordagens metodológicas que permitam dar voz ao sujeito estudado.