SOBRE BASTARDIA E A CRIAÇÃO DE MUNDOS NOVOS: ESTADO E COLONIALIDADE NA HISTORIOGRAFIA DAS DÉCADAS DE 1970 E 1980
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-139Palavras-chave:
Historiografia, Estado, Temporalidade, ColonialidadeResumo
Este artigo é voltado para analisar quatro obras: A interiorização da Metrópole, de Maria Odila Leite da Silva Dias (2005); Da Monarquia a República: momentos decisivos, de Emília Viotti da Costa (2010); A Construção da Ordem. Teatro de Sombras, de José Murilo de Carvalho (2003); O Tempo Saquarema, de Ilmar Rohloff de Mattos (2011) Textos diferentes em vários aspectos, mas que possuem em comum a reflexão sobre o século XIX. Nosso recorte analítico é o problema do Estado imperial. Trata-se de um trabalho aqui voltado para a história da historiografia em diálogo com os estudos sobre a colonialidade. A metodologia empregada é a analítica-teórica. Como resultado veremos como a indissociabilidade entre a Modernidade e a Colonialidade marcou nossa escrita da história, levando a uma domesticação do tempo que nos relega a um papel de incompletude, de Estado que não se realiza, onde o prometido Progresso da modernidade não é alcançada, o que nos permite propor aqui a ideia de que somos filhos bastardos da Modernidade, e que isso nos abre espaço para reconhecer sua influência, mas também para questionar sua autoridade e criar novos mundos.
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Referências
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