MARCAS DA EXPERIÊNCIA: PESSOAS DIAGNOSTICADAS COM COVID-19 NA SEGUNDA ONDA DA PANDEMIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-043Palavras-chave:
Covid-19, Pandemia, Experiência, Psicologia Social da Saúde, Saúde ColetivaResumo
A pandemia de covid-19 desenvolveu-se em ondas epidemiológicas, acompanhadas de variações das medidas de contenção do vírus que incidiram sobre os modos de vida da população. Argumentamos que cada uma das ondas interagiu de forma diferente com a população, modulando experiências na relação com a covid-19, exigindo estudos que se debrucem sobre os diferentes momentos da pandemia. Este estudo teve por objetivo analisar as experiências de pessoas diagnosticadas com Covid-19 durante o pico da segunda onda da pandemia. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, sob a perspectiva da Análise Institucional, através de entrevistas com 14 pessoas que receberam diagnóstico de covid-19 entre os meses de abril e maio de 2021, em um município de médio porte do Paraná, Brasil. Para a sistematização dos resultados foram construídas quatro linhas de análise, que apresentam como o discurso negacionista e cientificista perpassaram a construção de sentidos sobre a Covid-19; as marcas da hospitalização; as mortes, perdas e lutos referentes a esse período; o momento de transição pós-covid e a pedagogia da doença. Os marcadores das experiências apresentadas neste estudo permitem conectar os níveis local-global, corporificando em narrativas aquilo que é também expresso em números (casos, internamentos, óbitos). Além disso, permite constituir uma memória ético-política desse período, registrando marcas que se insurgem contra perspectivas negacionistas que tendem a minimizar os efeitos desse momento histórico.
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