SAÚDE BUCAL E O SER PESSOA LGBTQIAPN+: UM ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE AS INFERÊNCIAS ENTRE A AUTOPERCEPÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE BUCAL COM AS IDENTIDADES E COM O HISTÓRICO ODONTOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-294Palavras-chave:
Autopercepção, Saúde Bucal, Minorias Sexuais e de Gênero, Estudos TransversaisResumo
O objetivo deste estudo observacional do tipo transversal foi o de avaliar as possíveis associações entre a autopercepção do estado de saúde bucal com as especificidades das identidades LGBTQIAPN+ e com o histórico de atendimento odontológico. Para tal, por meio da utilização de um questionário autoaplicável, coletaram-se, em ambiente virtual, dados de uma amostra composta por 463 participantes adultos LGBTQIAPN+ brasileiros. Dentre as principais informações estatisticamente significativas encontradas destacaram-se: as maiores prevalências e chances em relatarem satisfação para o estado de saúde bucal foram encontradas nos cisgêneros (RP: 1,73/ IC:95%: 1,29-2,30; OR: 2,57/ IC:95%: 1,64-4,01), homossexuais (RP: 1,33/ IC:95%: 1,09-1,62; OR: 1,72/IC:95%: 1,19-2,5) e naqueles que vivenciaram ou temiam vivenciar LGBTQIAPN+fobia (RP: 1,37/IC:95%: 1,08-1,74; OR: 1,78/IC:95%: 1,18-2,68) ou que deixaram ou deixariam de ir a uma consulta odontológica por medo de discriminação (RP: 1,66/IC:95%: 1,22-2,24; OR: 2,38/IC:95%: 1,49-3,80); já a dificuldade em acessar tratamento odontológico reduziu a prevalência (RP: 0,304/IC:95%: 0,217-0,427) e as chances (OR: 0,142/IC:95%: 0,0891-0,226) em autorreferenciar satisfação com o estado de saúde bucal. Conclui-se que as informações levantadas podem subsidiar futuras políticas públicas de atenção odontológica voltadas à redução das iniquidades bucais experienciadas por essa vulnerável população.
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