MOTIVAÇÃO PARA APRENDIZAGEM E PERMANÊNCIA ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-124Palabras clave:
Motivação para Aprendizagem, Ensino Superior, Evasão, Estudante UniversitárioResumen
O aumento do acesso ao Ensino Superior nas últimas décadas, impulsionado por políticas de democratização, contrasta com os elevados índices de evasão percebidos ao longo dos últimos anos. Diante desse cenário, compreender a motivação para aprendizagem como um dos fatores da permanência estudantil torna-se fundamental. Este estudo teve como objetivo investigar as representações de estudantes universitários acerca da motivação para aprendizagem e suas implicações na continuidade da trajetória acadêmica. A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada com seis estudantes de licenciatura em Física, Matemática e Química da UEFS, selecionados entre os períodos finais dos cursos. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados a partir da Análise de Conteúdo (Bardin, 1977). Os resultados evidenciaram duas dimensões centrais: fatores internos, relacionados ao desejo, predisposição e autopercepção do processo de aprender; e fatores externos, vinculados às práticas pedagógicas, metodologias docentes e condições institucionais. As falas dos participantes destacaram a importância do engajamento e da motivação docente como mediadores do ambiente educativo, confirmando que a permanência estudantil depende tanto da disposição individual quanto das estratégias institucionais e pedagógicas. Conclui-se que a motivação constitui um elemento determinante para o sucesso acadêmico, exigindo do professor um papel ativo na criação de contextos formativos significativos. Assim, a valorização da docência e o fortalecimento de políticas educacionais sensíveis às realidades dos estudantes são condições indispensáveis para a redução da evasão e a consolidação de práticas formativas que favoreçam a permanência no Ensino Superior.
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Referencias
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