QUALIDADE TECNOLÓGICA DA AREIA UTILIZADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MANAUS/AM
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-059Palavras-chave:
Areia, Geologia, Qualidade Tecnológica, ManausResumo
A demanda crescente por areia em Manaus constitui preocupação, não só, pelos impactos ambientais decorrentes da extração, mas também pelo desconhecimento de sua qualidade tecnológica, ou seja, se está dentro das especificações definidas por normas brasileiras. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a qualidade tecnológica das areias comercializadas em Manaus. Para o estudo foram coletadas e analisadas quatorze amostras sendo onze adquiridas em comércios de onze bairros, duas em dois ramais identificadas como areia de barranco e uma de origem aluvial de um estaleiro. No laboratório, foram realizados os ensaios granulométricos, mineralógico, químico, fluorescência de raios X (FRX) e morfologia dos grãos. O estudo compreendeu também a origem geológica das areias uma vez que permite deduzir as propriedades essenciais como a morfometria, granulometria, química e mineralogia. A areia fornecida e comercializada em Manaus é, na sua maioria, de origem aluvial, designada de “areia lavada” e de terra firme (Espodossolo e da decomposição de arenitos) proveniente dos ramais São Francisco e Areal designadas de areia de cava ou “barranco”. Todas as areias analisadas apresentaram torrões de argila e material pulverulento de composição essencialmente quartzosa com mica em pequenas quantidades. A morfologia variou de acordo com a granulometria, uma vez que nas frações média a grossa a maioria dos grãos de quartzo é angulosa a subangulosa com baixa esfericidade, na fração fina de subarrendondada a arredondada e com alta esfericidade. Apesar de algumas amostras apresentarem torrões de argilas, material pulverulento e impurezas orgânicas acima do permitido pela NBR 7211/2005, não compromete significativamente a sua qualidade para o uso na construção civil.
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