BIGEL DE ÓLEO DE PEQUI COM ÁCIDO ELÁGICO: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE POTENCIAL PARA TRATAMENTO DE ÚLCERAS BUCAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-012Palavras-chave:
Caryocar Brasiliense, Ácido Elágico, Bigel, Cicatrização Oral, Mucosita, FitoterapiaResumo
Objetivo: Esta revisão narrativa tem como objetivo analisar o potencial terapêutico do bigel à base de óleo de pequi (Caryocar brasiliense) enriquecido com ácido elágico para o tratamento de úlceras orais, destacando suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes.
Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica não sistemática utilizando bases de dados como PubMed, Scopus e Google Acadêmico, com foco em estudos relacionados ao óleo de pequi, ácido elágico, géis fitoterápicos e suas aplicações na cicatrização de feridas orais. Foram considerados estudos experimentais, tanto in vitro quanto in vivo, bem como relatos anteriores sobre a caracterização físico-química e as atividades biológicas de formulações de bigel.
Resultados: As evidências revisadas sugerem que o óleo de pequi apresenta atividades farmacológicas relevantes, incluindo efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos, enquanto o ácido elágico contribui com potentes propriedades antioxidantes e cicatrizantes. A combinação desses agentes bioativos em um sistema bigel aumenta a biodisponibilidade, a mucoadesão e a liberação controlada do fármaco. Em estudos pré-clínicos, bigels contendo ácido elágico aceleraram o processo de cicatrização de úlceras orais induzidas em modelos animais, promovendo reepitelização mais rápida, redução do infiltrado inflamatório e melhora da regeneração tecidual em comparação aos grupos controle. A formulação também demonstrou atividade antimicrobiana, biocompatibilidade e estabilidade físico-química favorável, corroborando seu potencial translacional para uso clínico.
Conclusão: O bigel à base de óleo de pequi e ácido elágico demonstra efeitos terapêuticos promissores no tratamento de úlceras orais, com potencial aplicabilidade em condições como estomatite aftosa recorrente e mucosite oral. Apesar dos resultados encorajadores, mais ensaios clínicos randomizados são essenciais para validar a segurança, a eficácia e a relação custo-efetividade em populações humanas.
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