O SIGNIFICADO DO CONCEITO DE SAÚDE PARA ENFERMEIROS E SUA APLICABILIDADE NA CONSULTA DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n9-149Palavras-chave:
Consulta de Enfermagem, Educação em Saúde, Fenomenologia, Alfred SchützResumo
Este estudo qualitativo, fundamentado na Fenomenologia Sociológica de Alfred Schütz, investigou o significado do conceito de saúde para enfermeiros durante a consulta em um ambulatório de um hospital de ensino no Rio de Janeiro. O objetivo foi compreender como os profissionais de enfermagem aplicam o conceito de saúde na prática da consulta, especificamente na Unidade de Cuidados Básicos (UCB) do Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA/UFRJ). Participaram sete enfermeiras com experiência mínima de dois anos em consultas de enfermagem. A análise fenomenológica das entrevistas revelou que o significado de saúde para as enfermeiras envolve a adaptação às necessidades do cliente e às ferramentas disponíveis, visando à resolutividade e ao ensino-aprendizagem. O conceito de saúde foi entendido como a possibilidade de alcançar o bem-estar físico, mental e social, adaptando-se ao meio como cidadão. O estudo evidenciou que o enfermeiro busca ir além das competências técnicas, utilizando ações da equipe multidisciplinar, mostrando a relevância da sociologia compreensiva de Alfred Schütz para a assistência e o ensino em enfermagem.
Downloads
Referências
ARAÚJO, C.R.G. O significado da consulta de Enfermagem no setor de radioterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na abordagem dos clientes e cuidadores. Rio de Janeiro/RJ. Orientadora: Drª Ann Mary Machado Tinoco Feitosa Rosas. EEAN/UFRJ,2007,p.123. Dissertação de Mestrado. Alegre: RM e Gráfica, 1996, p.113.
BRASIL. Assembléia Nacional Constituinte. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, de 06 de outubro de 1988. Seção II, artigo 196. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CIVIL/Constituição.htm. Acesso em: 30 de dezembro de 2025.
Brasil. Leis, Decretos. Lei nº 7498 de 26 de junho de 1986a. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem. Diário Oficial da União. Brasília, 26/Jun.Seção 1, fls. p.9273- 9275.
BRASIL – Decreto 94.406/87 - Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências.
BRASIL. Lei n.° 8.080, de 19 de setembro de 1990a. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o financiamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: www.saude.rj.gov.br/secretaria/Publicações/Portarias/8080.htm. Acesso em 3 de julho de 2024.
BRASIL. Lei n.° 8.142, de 28 de dezembro de 1990b. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Disponível em: www.saude.rj.gov.br/secretaria/Publicações/Portarias/8142.htm. Acesso em 3 de julho de 2024.
BRASIL. Ministério da saúde. Organização Pan-Americana de Saúde. Foi estabelecida a partir da Primeira Conferência Internacional Americana, ocorrida de 2 de outubro de 1889 a 19 de abril de 1890, em Washington.
Brasil. Portaria Federal n.° 3.120, de 1° de julho de 1998 a. Estabelece procedimentos para orientar e instrumentalizar as ações e serviços de saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde(SUS). Dou n.° 124,Seção 1, de 14/07/98.Disponível em: www.mte.gov.br Acesso em: 3 de dezembro de 2024.
BRASIL. Portaria Federal n.° 3.908/GM, de 30 de outubro de 1998b. estabelece procedimentos para orientar e instrumentalizar as ações e serviços de saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS). Dou n.° 215-E, Seção 1, pág 17, de 10.11.98.Disponível em: www.mte.gov.br. Acesso em 3 de agosto de 2025.
BRASIL. COFEN 2006 - revogada pela resolução cofen-339/2008. Dispõe sobre a Regulamentação e Responsabilidades do Enfermeiro em Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto BRASIL. COFEN 240/2000 - Revogada pela Resolução COFEN-311/2007. Aprova o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e dá outras providências.
BRASIL. Assembléia Nacional Constituinte. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, 5.out.1988. BRASIL. Comissão Interministerial de Planejamento (CIPLAN). CIPLAN, 5. CIPLAN,6. Ações Integradas de Saúde. Brasília, 1984 (mimeo).
BRASIL. Comissão Interministerial de Planejamento (CIPLAN). Bases para o perfeiçoamento das Ações Integradas de Saúde como Estratégia para Reforma Sanitária Brasileira. Brasília, 1986 (mimeo).
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (aprovado pela Resolução COFEN-160). In: Legislação e Normas, BRASIL.
Campedelli, MC., Processo de Enfermagem na Prática. 2ª ed., Ed. Ática, São Paulo, 2000.
CARRARO, TE, Westphalen, MEA. Metodologias para a Assistência de Enfermagem: Teorização, Modelos e Subsídios para a Prática. Ed. Cultura e Qualidade, Goiânia, 2001.
Carta de Otawa. Net.Disponível em: http://www.paho.org.Acesso em 25 de dezembro de 2024.
CARVALHO, A.S. Metodologia da Entrevista. Rio de Janeiro,1991. CIANCIARULLO, T. et al. A hemodiálise em questão: opção pela qualidade assistencial. São Paulo: Ícone, 1998.
CIANCIARULLO, T. et al. A hemodiálise em questão: opção pela qualidade assistencial. São Paulo: Ícone, 1998.
CAPALBO, C. Metodologia das ciências sociais: a fenomenologia de Alfred Schütz. Rio de Janeiro: Antares Universitários, 1979, 102 p. CAPALBO, C. Considerações sobre o método fenomenológico e a enfermagem UERJ. Rio de janeiro, v.2, n. 1, p.192-197, out.1994.
_____. Comissão Nacional de Reforma Sanitária. Documento 1. Brasília, 1986.
_____. Conferência Nacional de Saúde. 8. Relatório Final. Brasília, 1986.
_____. Conferência Nacional de Saúde. 9. Relatório Final. Brasília, 1992.
_____. Conselho Federal de Enfermagem. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986.“Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem”. Brasília, DOU de 26.6.86, Seção 1, fls. 9273-9275.
_____. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 272/2002.
_____.COFEN _ 159/92 – BRASIL,1992 COREN-MG, gestão 1996/1999, Belo Horizonte, MG, 1997. p. 11-20.
_____. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição. Distrito Federal, 2001.
_____. Ministério da Educação – SESu. Ações Integradas de Saúde. Brasília, 1986 (mimeo).
_____. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos para o SUS. IIª Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde: Textos apresentados. Cadernos de Recursos Humanos Saúde, Brasília, v. 1, n. 3. Brasília, 1993.
____.Lei 378 DE 13/01/1937 DOI: https://doi.org/10.1016/S0002-8703(37)91064-0
____.Decreto 86329 de 02/09/1981.
____. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil, Título VIII: Da Ordem Social, Capítulo II: Da Seguridade Social, Seção II: Da Saúde. Brasília: Centro Gráfico, 1988.
______________. Metodologia da Entrevista. Prefácio. Rio de Janeiro, 1987.p778.
______________. Metodologia das ciências sociais: a fenomenologia de Alfred Schtüz. Londrina (PR):UEL:1998; P.15-131.
____________. Fenomenologia e ciências humanas. São Paulo (SP): Idéias & Letras; 2008. COFEN _ 159/92 – BRASIL,1992 DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez-Oboré,1991.163p.
DEMO, Pedro. Educação e qualidade. 3. ed. São Paulo: Papirus. 1996. Deslandes, Suely Ferreira. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1994.80p. DIAS, E. C.(Org.);
ALMEIDA, I. M. et al. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde.Brasília: Ministério da Saúde do Brasil,2001,508p.
_____. Fenomenología del mundo social – introducción a la Sociologia Compreensiva. Buenos Aires: Paidós, 1972. p. 71, 87, 135, 156, 158, 159, 172, 195. FLEURY, S. Saúde e democracia: a luta do CEBES. São Paulo: Lemos editorial, 1997. 324p.
GOLDIM,J.R. Saúde. Disponível na Internet, via http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/saúde.htm. Arquivo consultado em 02 de agosto de 2025.
HICKMAN,J.S. Introdução à teoria da Enfermagem. In: GEORGE,JB.Teorias de enfermagem: Os fundamentos à prática profissional, 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas,2000.
Horta,W. A. O Processo de Enfermagem.São Paulo: EPU/Edusp,1979,99p. JESUS, M.C.P. A educação sexual na vida cotidiana de pais e adolescentes: uma abordagem compreensiva da ação social [ Tese]. São Paulo(SP). Escola de Enfermagem da USP;1998.
LEOPARDI, M.T. Metodologia da pesquisa na saúde. Florianópolis: UFSC/Pós-graduação em enfermagem, 2002. 290p.
MARCONI,M.A., LAKATOS, E.. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 1999.260p.
MEEBERG,G.A. Quality of life; a concept analysis. Journal of advanced Nursing, 1993,18,32-38 DOI: https://doi.org/10.1046/j.1365-2648.1993.18010032.x
MENDES, E.V. Uma agenda para a saúde. São Paulo: Hucitec, 1999.300p. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos para o SUS.
IIª Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde: A questão dos Recursos Humanos nas Conferências Nacionais de Saúde (1941-1991). Cadernos de Recursos Humanos Saúde, Brasília, v. 1, n. 1. 1993.
MOTTA, A. L. C. Auditoria de enfermagem no processo de credenciamento.1ed.São Paulo: látria,2003
MOREIRA, J. A. DA S.Manual comemorativo de 230 anos de trabalho e de amor ao próximo do Hospital Central do Exército. Edição Histórica. Nightingale, F. Notas sobre enfermagem. São Paulo: Cortez, 1989,174p. 2ª Edição, ed.UEL, londrina,1998.
PADILHA, M.I.C; SOUZA. Texto e contexto-Enfermagem. Qualidade de vida - reflexão de enfermeiras. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de pós-graduação em enfermagem, v-1, n.12, (1992)-Florianópolis: UFSC, 1992.334p.
PINTO, M.F, SILVA, W.V.da. Qualidade de vida. São Paulo: Santos, Leopoldianum, 2001.228p.
POLIT, D.F.; BECK, C.T.; HUNGLER, BP. Fundamentos da Pesquisa em Enfermagem – métodos, avaliação e utilização. 5.a ed. São Paulo: Artmed, 2004. 425 p.
POLIT, D.F., HUNGLER, B.P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. Porto alegre: Artes Médicas, 1995. ROSAS, A.M.M.T.F. A consulta de enfermagem na unidade de saúde: uma análise compreensiva na perspectiva das enfermeiras. 1998. 95 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Anna Nery, UFRJ, Rio de Janeiro, 1998.
Rodrigues, B.M.R.D. O cuidar de crianças em creche comunitária: redimensionando o treinamento numa perspectiva compreensiva. Tese(Doutorado em Enfermagem). UFRJ. RJ. 1996
ROSAS, A.M.M.T.F. O ensino da atividade assistencial – consulta de enfermagem: o típico da ação intencional. 2003. 180 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Anna Nery, UFRJ, Rio de Janeiro, 2003.
SANTOS, Ronan dos. O significado da ação educativa consulta de enfermagem no ambulatório de quimioterapia infantil: perspectivas dos familiares. Rio de janeiro:Profª Drª Ligia de oliveira Viana. EEAN/UFRJ,2009, p.55. Dissertação de mestrado.
SILVA, M.J.P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. São Paulo: Loyola, 2002. 133 p.
SILVA, M.J.P. da Enfermagem frente a necessidade de percepção do paciente.Rev. Paul. Enfermagem, v.9, n.3, p.114-119, 1990.
SOUZA,1984 SCHÜTZ, A. Collected Papers 1 - The Problem of Social Reality. Netherlands: Martins Nijhoff, The Hague, 1962.
SCHUTZ, A. La Fenomenología del mundo social: Introducción a la sociología comprensiva. Buenos Aires: Paidós;1972.
SCHÜTZ, A. Fenomenologia e relações sociais. Org. H.R. Wagner. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
WATSON, J. IN: GEORGE, J. B. Teorias de Enfermagem – Os fundamentos à prática profissional. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 375 p. (capítulo 18).
