ALTA FREQUÊNCIA DE OBESIDADE, SÍNDROME METABÓLICA E RISCO CARDIOVASCULAR EM TRÊS ACAMPAMENTOS DO MOVIMENTO SEM TERRA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n8-214Palavras-chave:
Movimento Sem-terra, Obesidade, Síndrome MetabólicaResumo
O presente estudo avaliou a frequência de obesidade e de síndrome metabólica (SM) em acampados do Movimento Sem Terra (MST) da região Oeste do Paraná. A pesquisa transversal envolveu 109 adultos de 18 a 60 anos residentes em três acampamentos no município de Cascavel-PR. Segundo o índice de massa corpórea (IMC), mais de 70% dos acampados estão acima do peso: 39,45% com sobrepeso, e 32,11%, obesos. Considerando-se obesidade abdominal, alterações metabólicas e de pressão arterial, 37% dos acampados apresentavam SM e 44% estavam com valores elevados de relação cintura-quadril (RCQ), indicando risco cardiovascular. Em conclusão, o estudo demonstrou, pela primeira vez, que há elevada frequência de obesidade e de SM em acampados do MST, o que aponta que as condições socioeconômicas precárias nos acampamentos podem estar elevando a vulnerabilidade à obesidade e a suas comorbidades. Portanto, é urgente estabelecer políticas públicas que incluam educação nutricional, produção de alimentos saudáveis, espaços para atividades físicas, acesso à saúde e cooperação entre órgãos governamentais e comunidades, para o enfrentamento da obesidade e suas comorbidades nas comunidades campesinas do MST.
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