“MOSQUETEIROS: TODOS CONTRA A DENGUE!” – PROJETO DE EXTENSÃO

Autores

  • Ana Beatriz de Oliveira Barbosa Autor
  • Ariella de Carvalho Luz Autor
  • Gabriely Stefanny de Sousa Autor
  • Larissa Preuss Ramos Autor
  • Maria Eduarda Moreira Cavalcante Autor
  • Moisés Fernandes Soares Júnior Autor
  • Maria Clara da Cunha Mendes Costa Autor
  • Klégea Maria Câncio Ramos Cantinho Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n8-037

Palavras-chave:

Infecções por Arbovírus, Causas de Morte, Mosquitos Vetores

Resumo

INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença viral infeciosa febril e aguda, transmitida pelo mosquito fêmea Aedes aegypti, logo, é uma arbovirose. É, principalmente, caracterizada por hipertermia e sintomas como cefaleia, mialgia e artralgia. No ano de 2024 foram registrados 2 milhões de casos prováveis e 682 mortes no Brasil devido ao aumento de casos. Este cenário alarmante é frequentemente exacerbado por fatores como chuvas intensas e temperaturas elevadas, que favorecem a proliferação do mosquito vetor. Além disso, a urbanização acelerada e desordenada contribui para a expansão dos habitats propícios ao mosquito, facilitando a disseminação da dengue em áreas tropicais. Nesse sentido, faz-se crucial identificar e mapear os maiores níveis e riscos para causas de óbito por essa arbovirose. OBJETIVO:Analisar o perfil epidemiológico dos casos de óbito por dengue no Brasil de 2018 a 2022, visando o entendimentos de padrões de mortalidade além da identificação de fatores de risco. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo dos casos notificados de óbito por dengue no Brasil, no período de 2018 a 2022. Foram analisadas as variáveis de ano da notificação, meses de notificação, sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade e unidade da federação de residência, cujos dados foram obtidos do TabNet (tabulador genérico de domínio público) o qual contém informações do Sistema deAgravos e Notificações (SINAN), disponível no site do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram confirmados 2032 óbitos por dengue no Brasil no período de 2018 a 2022, com maior taxa de incidência no ano de 2022 representando (39,82%), houve maior concentração de casos nos meses de janeiro a junho (78,15%). O número de óbitos foi mais elevado em indivíduos do sexo masculino (52,32%), de cor branca (59,44%), na faixa etária de 60 a 80 anos (63,55%), com escolaridade de 4 a 7 anos estudados e que residiam na região Sudeste (38,63%) seguido pela região Centro-oeste (30,12%). O aumento dos óbitos por dengue  em 2022 está ligado ao ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti, favorecido por chuvas intensas e altas temperaturas que são características climáticas marcantes dos primeiros meses do ano em região tropicais. Idosos de 60 a 80 anos são os mais afetados, devido a imunidade fragilizada e presença de comorbidades. Paralelamente, a urbanização exponencial e desordenada nas regiões Sudeste e Centro-oeste contribui para a proliferação do vetor. É notório como medidas urgentes de controle e prevenção, incluindo educação em saúde, são cruciais para enfrentar e combater esse cenário alarmante. CONCLUSÃO: Foi possível observar que a maior incidência de padrão dos casos de óbito por dengue tem relação com o período de reprodução do mosquitoAedes aegypti com consequente aumento dos casos da doença, além disso o número de casos é proporcionalmente influenciado pela densidade populacional e ocupação desordenada da região, intensificando, assim, a necessidade de se estabelecer ações de orientação em saúde dessa população. Ademais, também identificou-se como fatores de risco as varáveis de sexo e idade nos casos de dengue durante o período analisado.

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Referências

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Publicado

2025-08-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

BARBOSA, Ana Beatriz de Oliveira; LUZ, Ariella de Carvalho; DE SOUSA, Gabriely Stefanny; RAMOS, Larissa Preuss; CAVALCANTE, Maria Eduarda Moreira; SOARES JÚNIOR, Moisés Fernandes; COSTA, Maria Clara da Cunha Mendes; CANTINHO, Klégea Maria Câncio Ramos. “MOSQUETEIROS: TODOS CONTRA A DENGUE!” – PROJETO DE EXTENSÃO. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 8, p. e7230, 2025. DOI: 10.56238/arev7n8-037. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/7230. Acesso em: 5 dez. 2025.