ESTRUTURA FLORÍSTICA E DIVERSIDADE DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM FLORESTA OMBRÓFILA DENSA ALUVIAL DA AMAZÔNIA CENTRAL: UM ESTUDO NA COMUNIDADE DO TUMBIRA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-235Palavras-chave:
Fitossociologia, Igapó, Amazônia Central, Manejo Florestal, Comunidades TradicionaisResumo
A caracterização da estrutura florística e da diversidade de espécies arbóreas é essencial para compreender a dinâmica e o equilíbrio ecológico das florestas de igapó. Este estudo teve como objetivo analisar a estrutura florística e a importância ecológica de espécies arbóreas na Floresta Ombrófila Densa Aluvial da Comunidade do Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, Amazonas. Por meio de levantamento fitossociológico em parcelas de igapó e aplicação de entrevistas etnobotânicas, foram identificados 312 indivíduos, distribuídos em 57 espécies, 44 gêneros e 25 famílias. As espécies foram organizadas em três blocos analíticos segundo seus Valores de Importância (VI), destacando-se Tachigali sp., Swartzia polyphylla, Manilkara bidentata e Pouteria elegans como espécies-chave socioculturais e ecológicas. O índice de diversidade de Shannon (H') foi de 3,27, e a equabilidade de Pielou (J') de 0,81, refletindo a dominância de poucas espécies — característica típica de florestas de igapó. Os resultados indicam que estratégias de manejo e conservação devem considerar não apenas a diversidade absoluta, mas também fatores hidrológicos e o conhecimento tradicional local, priorizando espécies resilientes ao regime de inundações.