REPRESENTATIVIDADE LGBTQIAPN+ E AS INTERSECÇÕES ENTRE HISTÓRIA, FICÇÃO, LITERATURA E REALIDADE EM O PRIMEIRO BEIJO DE ROMEU DE FELIPE CABRAL

Resumo

Este artigo analisa as relações entre história, memória, ficção, realidade e literatura na obra O Primeiro Beijo de Romeu, de Felipe Cabral, com foco na representatividade LGBTQIAPN+ e na desconstrução da cisheteronormatividade. Fundamentado nas teorias de Michel de Certeau (2017), Jacques Le Goff (2016) e Ivan Jablonka (2020), o estudo investiga como o autor ressignifica eventos históricos reais, como a censura na Bienal do Livro de 2019, para construir uma narrativa que questiona normas sociais conservadoras cisneteronormativas e promover a diversidade. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, são explorados temas como memória coletiva, ficção como espaço de resistência e a afirmação de identidades em desacordo com a cisheteronormatividade. Os resultados revelam que a obra transcende o entretenimento ao propor uma crítica contundente à exclusão e invisibilidade de sujeitos LGBTQIAPN+, promovendo reflexões sobre liberdade de expressão, identidade e cultura. O Primeiro Beijo de Romeu destaca-se como uma narrativa transformadora, que tensiona estruturas opressoras e celebra a pluralidade de experiências e formas de existir.