A MODERNIDADE COMO PROJETO MORAL PSICOPOLÍTICO: O CULTO AO DESENVOLVIMENTO COMO REDENÇÃO NO CAPITALISMO

Autores

  • Andreia Duarte Alves Autor
  • José Sterza Justo Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n4-254

Palavras-chave:

Modernidade, Psicopolítica, Crítica ao Desenvolvimento, Moralidade

Resumo

A modernidade, com suas bases ontológicas e epistemológicas, buscou criar uma sólida sustentação moral para legitimar a acumulação primitiva de capital, transformando práticas antes condenáveis (usura, exploração, genocídio colonial) em virtudes necessárias ao "progresso". Ao analisar a transição da moralidade feudal — que condenava a acumulação — para a moralidade capitalista, o artigo demonstra como a modernidade operou uma inversão de valores, justificando a violência como etapa civilizatória. A partir de Marx, Weber e pensadores decoloniais, discute-se como a racionalidade moderna sacralizou o desenvolvimento, tornando-o um totem religioso (Benjamin) que redime a culpa pela exploração. A modernidade atuou no plano psicopolítico para sustentar a exploração capitalista, devendo ser compreendida, portanto, não apenas como um período histórico marcado por profundas transformações econômicas, políticas e sociais, mas por dispositivos psicopolíticos que permitiram moralizar práticas de espoliação, pauperização, de extermínio e até genocídios.

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Publicado

2025-04-24

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ALVES, Andreia Duarte; JUSTO, José Sterza. A MODERNIDADE COMO PROJETO MORAL PSICOPOLÍTICO: O CULTO AO DESENVOLVIMENTO COMO REDENÇÃO NO CAPITALISMO. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 4, p. 20069–20089, 2025. DOI: 10.56238/arev7n4-254. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/4661. Acesso em: 5 dez. 2025.