CISTO DENTÍGERO ASSOCIADO A TERCEIRO MOLAR SUPERIOR ECTÓPICO EM SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-160Keywords:
Seio maxilar, Cisto dentígero, Dente serotinoAbstract
O cisto dentígero origina-se a partir do acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa dentária, e acomete, eventualmente, terceiros molares superiores. Estes cistos podem expandir e deslocar o elemento dentário para posições ectópicas. Em maxila, especialmente, esses deslocamentos podem alcançar o interior do seio maxilar. Nesses casos, como intervenção cirúrgica, pode-se optar pelo acesso Caldwell-Luc. Trata-se de um relato de caso clínico de remoção cirúrgica de terceiro molar superior envolvido por cisto dentígero no interior do seio maxilar, através do acesso Caldwell-Luc. Descrição do caso: Paciente de 15 anos foi encaminhada ao Centro de Especialidades Odontológicas de Sobral, Ceará, com queixa de dor e secreção nasal. A tomografia revelou uma lesão cística no interior do seio maxilar envolvendo a coroa do dente 18, em contato com o assoalho da órbita. A cirurgia foi realizada com anestesia local e acesso Caldwell-Luc, para enucleação do cisto e exodontia. Durante a exérese, observou-se extravasamento de líquido amarelo citrino, sugestivo de cisto dentígero, que foi enviado para análise histopatológica. A sinusectomia foi realizada para remover completamente o tecido cístico, e o fechamento da janela óssea foi feito com uma porção da bola de Bichat, promovendo uma cicatrização satisfatória. Discussão e conclusão: O cisto dentígero, é frequentemente associado a dentes permanentes não irrompidos. Com uma prevalência de 14% a 20%, ocorre principalmente na mandíbula, afetando homens jovens, casos raros envolvem cistos dentígeros no seio maxilar, associados a terceiros molares impactados. Diante disso, a abordagem cirúrgica mais comum é a técnica de Caldwell-Luc, que permite a enucleação do cisto e a remoção do dente afetado. Embora eficaz, essa técnica pode apresentar algumas complicações, como a epistaxe e lesões na região periorbital. A escolha do tratamento deve considerar fatores do paciente e a experiência do cirurgião para garantir segurança e eficácia.