AMELOBLASTOMA CONVENCIONAL, ALÉM DE UMA ANÁLISE CLÍNICA E RADIOGRÁFICA: UMA REVISÃO HISTOLÓGICA DE SUAS VARIANTES
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-301Palavras-chave:
Variante histológica, Ameloblastoma convencional, Tumor benignoResumo
O ameloblastoma é um tumor de origem odontogênica que surge de remanescentes da lâmina dentária. O ameloblastoma convencional é o subtipo mais comum de ameloblastoma. Ocorre principalmente em pacientes adultos, acometendo com maior frequência a região posterior da mandíbula. Geralmente, o tumor é assintomático e de crescimento lento. Radiologicamente, apresenta-se como uma imagem radiolúcida/hipodensa com bordas bem definidas e recortadas, uniloculares ou multiloculares. Quando multilocular, pode exibir pequenos lóculos, chamados de "favo de mel", ou lócules maiores semelhantes a "bolhas de sabão". Histologicamente, seis subtipos podem ser identificados: folicular, plexiforme, acantomatoso, desmoplásico, células granulares e ameloblastoma basocelular. Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre as variantes histológicas do ameloblastoma convencional. O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa documental, retrospectiva e aplicada do tipo revisão narrativa da literatura. A base de dados selecionada para esta pesquisa foi o PubMed. Os termos de busca utilizados como descritores foram "Ameloblastoma", "histológico" e "variantes". Um total de 962 artigos foram recuperados e, após a aplicação de um filtro de recorte temporal de cinco anos (2020-2025), 253 artigos foram listados. Foram excluídos artigos não relacionados ao tema, sem texto completo, e aqueles que incluíam teses e dissertações. Ao final, 10 artigos foram utilizados para este estudo. Os resultados indicam que o principal padrão encontrado é o tipo folicular, caracterizado pela formação de ninhos de células epiteliais dentro do estroma tumoral. O padrão plexiforme compartilha características semelhantes, mas apresenta cordões epiteliais dentro do tecido conjuntivo. O padrão acantomatoso exibe pérolas de queratina dentro de seu tecido conjuntivo, enquanto o padrão celular granular mostra a presença de células com citoplasma eosinofílico e núcleos deslocados para a periferia. O padrão desmoplásico é marcado por epitélio odontogênico escasso e um estroma mais fibroso. Finalmente, o padrão basocelular apresenta epitélio ameloblástico com células colunares mais eosinofílicas juntamente com a presença de vasos sanguíneos em seu estroma. Este estudo destaca uma diversidade significativa nas apresentações histológicas do ameloblastoma convencional, sugerindo que essas diferenças podem influenciar tanto o diagnóstico quanto as estratégias terapêuticas. A compreensão dessas variantes histológicas do ameloblastoma convencional é essencial para uma melhor compreensão do comportamento clínico da lesão, bem como das modalidades de tratamento e prognóstico.