TERRITÓRIOS ESPOLIADOS: AS RESISTÊNCIAS DAS COMUNIDADES DE FUNDO E FECHO DE PASTO NO OESTE BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-249Palavras-chave:
Comunidades Tradicionais, Território, Agronegócio, ConflitosResumo
O artigo possui como objetivo compreender a espoliação do território onde secularmente vivem as comunidades de Fundo e Fecho de Pastos no Oeste Baiano, principalmente, na região de Correntina/BA. O objetivo, também, se estende à percepção da mobilização destas comunidades, principalmente contra o agronegócio, visando manter seus territórios e, por consequência, seu meio e modo de vida. A metodologia está calcada nos procedimentos da pesquisa qualitativa, como pesquisa de campo, observação participante e diário de campo. As questões teóricas e metodológicas basearam-se nas reflexões propostas a partir da Geografia do Trabalho e Agrícola. O agronegócio, não concretiza apenas a espoliação dos territórios das comunidades tradicionais, pois a água é quase que monopolizada para atender as demandas da monocultura, a derrubada do bioma para ampliação das áreas de plantio, além do envenenamento destes mesmos rios e solos através dos agrotóxicos utilizados indiscriminadamente. O Estado, subserviente ao agronegócio e omisso às necessidades dos trabalhadores foi um dos geradores do conflito de 02 de novembro de 2017. As comunidades tradicionais continuam em uma constante mobilização, os ataques a seus territórios não sessaram e o clima de uma nova escalada de violência está constantemente no ar.