RELAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL, CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA ATENDIDAS EM UNIDADE DE ALTA COMPLEXIDADE EM ONCOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-185Palavras-chave:
Avaliação de Transtornos Mentais em Atenção Primária, Consumo Alimentar, Estilo de Vida, Índice de Massa CorporalResumo
Atualmente, há um aumento no número de casos de obesidade, e essa incidência tende a crescer, principalmente em mulheres com câncer de mama. Associado ao crescimento da obesidade, o câncer de mama tem seu número aumentado ao longo das últimas quatro décadas, e além do estado nutricional, no decorrer do processo de tratamento a paciente passa por modificações tanto emocionais quanto no comportamento alimentar, com possíveis sintomas de ansiedade e depressão despertos ao percurso da obtenção de prolongamento da vida. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar a relação do estado nutricional, consumo alimentar e estado de depressão e ansiedade de pacientes com câncer de mama atendidas em unidade de alta complexidade em oncologia. Foi realizado um estudo transversal com amostragem não probabilística, descritiva e quantitativa de 57 pacientes com câncer de mama matriculadas e acompanhadas no ambulatório de nutrição da UNACON (Unidade de Alta Complexidade de Oncologia) do Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém do Pará. A coleta de dados foi por meio de questionário estruturado e as perguntas visaram coletar aspectos sociais (idade), econômico (renda familiar em salários mínimos), demográfico (naturalidade – cidade e estado de nascimento), estilo de vida (tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e prática de atividade física), nível de instrução (escolaridade) e número de matrícula na instituição, consumo alimentar (frequência de consumo regular de alimentos, alcance da ingestão recomendada de frutas e hortaliças, indicadores de alimentação saudável e não saudável), e o grau de ansiedade e depressão. Por meio da análise de Regressão Linear Múltipla e Correlação de Spearman, foi obtido como resultado final, que houve correlação estatística entre o consumo alimentar e a depressão (p=0,01) e a frequência alimentar e a depressão (p=0,01). Logo, isso pode evidenciar que quanto maior a frequência que os alimentos naturais aparecem nas refeições e quanto menos estes alimentos são consumidos, a variável depressão aumenta. Ademais, não houve correlação siginificativa na relação do estado nutricional com a ansiedade e depressão das pacientes analisadas. Foi visto também que grande parte das participantes apresentaram obesidade. Esses achados mostram a necessidade de realização de mais estudos sobre o tema, principalmente com amostragem probabilística e com maior tamanho amostral de pacientes com câncer de mama do estado do Pará para melhor visualização da situação e, para traçar planos terapêuticos.