MÁ QUALIDADE DO SONO, DOR CRÔNICA E MELATONINA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-169Palavras-chave:
Ritmos circadianos, Dor, Melatonina, Dormir, EndometrioseResumo
Objetivo: Considerando que as respostas inflamatórias afetam o pico noturno de melatonina e que a interrupção do sono ativa mecanismos inflamatórios que desencadeiam alterações nos sistemas efetores que regulam o sistema imunológico, aumentando a resposta inflamatória e a dor, este estudo investiga a eficácia da melatonina como tratamento para os sintomas da má qualidade do sono e dor na endometriose. Métodos: A endometriose foi diagnosticada por meio de anamnese e exames de imagem (ultrassonografia ou ressonância magnética). A intensidade da dor foi avaliada por meio de uma escala visual analógica (EVA). A qualidade do sono foi avaliada por meio do questionário Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). Os pacientes foram tratados com melatonina exógena e os sinais de inflamação foram avaliados antes e após o tratamento. Resultados: Houve melhora na qualidade do sono com melatonina em comparação com o grupo placebo, sem evidência de efeitos colaterais. A dose de 3g de melatonina exógena não foi eficaz para o sintoma de dor. Conclusão: A má qualidade do sono associada ao estado inflamatório da endometriose foi controlada pelo uso exógeno de melatonina, reforçando o papel da indução do sono em condições associadas à inflamação crônica. No entanto, a melatonina não foi eficaz no estado de dor durante o tratamento. Os mecanismos envolvidos na modulação da dor em relação aos mecanismos funcionais da melatonina devem ser mais investigados.