ANTROPOLOGIA, SAÚDE E DOENÇA - A TRANSIÇÃO DA SAÚDE ENTRE AS POPULAÇÕES INDÍGENAS DE VANUIRE
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-120Palabras clave:
Antropologia Médica, Transição da Saúde, Índios Sul-Americanos, São PauloResumen
Grande parte dos problemas de saúde crónicos, como a obesidade, é associada à transição de estilos de vida ligados a meios de subsistência tribais para estilos urbanos, típicos de cidades. E os agravos à saúde advêm, notadamente, de mudanças na dieta, nos níveis de atividade física, entre outros fatores. A questão central deste artigo, com efeito, é saber se no quadro transicional em que se encontram as populações ameríndias da Terra Indígena Vaunire, as taxas de sobrepeso e obesidade da população adulta expressariam esta transição nos estilos de vida. A hipótese é de que agravos não-infecciosos, como a obesidade, seriam mais prevalentes em localidades com estilo de vida mais urbano, e, menos prevalentes onde predominam atividades e estilos de vida de subsistência tradicional indígena. O objetivo é, portanto, apresentar e analisar o perfil nutricional de indígenas adultos da Terra Indígena Vanuire, de 20 a 60 anos, cadastrados no banco de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), no município de Arco-íris, Estado de São Paulo. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa descritiva que se vale de dados bibliográficos e de bancos de dados oficiais: SISVAN e do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Os resultados encontrados evidenciam claramente a tendência de aumento da obesidade, sobretudo em seus graus mais severos, confirmando com nitidez a hipótese do artigo.
