CONFIABILIDADE E QUALIDADE DOS VÍDEOS SOBRE CARDIOPATIA CONGÊNITA NO YOUTUBE BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-065Palavras-chave:
Cardiopatia Congênita, Educação em Saúde, Youtube, Qualidade da Informação, Confiabilidade CientíficaResumo
Introdução: Doenças cardíacas congênitas (DCC) são anomalias estruturais frequentes na população infantil, com impacto significativo na saúde pública. O YouTube, como uma plataforma amplamente utilizada, oferece conteúdos de saúde acessíveis, mas a confiabilidade e qualidade das informações disponíveis são frequentemente questionadas. Objetivo: Analisar a confiabilidade e a qualidade dos vídeos sobre cardiopatia congênita no YouTube Brasil, utilizando instrumentos validados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal baseado na análise de 61 vídeos informativos sobre DCC, publicados entre agosto e outubro de 2024. A busca foi realizada no YouTube utilizando o termo “cardiopatia congênita”, aplicando filtros para padronização e excluindo vídeos sem relevância temática. A avaliação foi realizada por dois examinadores independentes utilizando o checklist DISCERN modificado e a escala Global Quality Score (GQS). Os dados foram analisados por estatísticas descritivas, e a confiabilidade interavaliador foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). Resultados: A mediana de visualizações dos vídeos analisados foi de 16.960, enquanto a duração mediana foi de 8 minutos. A maioria dos vídeos (88,5%) foi produzida por profissionais de saúde, com predominância do formato de aula ou palestra (54,1%). A confiabilidade da informação, avaliada pelo checklist DISCERN, apresentou mediana de 2,29, indicando qualidade moderada. A análise pela GQS revelou que 58,2% dos vídeos foram classificados como de boa qualidade, enquanto apenas 12,3% atingiram um nível de excelência. Conclusão: Os vídeos sobre DCC no YouTube Brasil apresentam qualidade geral satisfatória, mas com limitações em termos de confiabilidade científica. É necessário incentivar a produção de conteúdos mais robustos, baseados em evidências, para melhorar a educação em saúde e combater a desinformação em plataformas digitais.