ENFRENTAMENTO À COVID-19 POR MUNICÍPIOS DE BAIXO IDH NO MARANHÃO: UMA RESPOSTA RESILIENTE?
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-259Palavras-chave:
Indicadores de Desenvolvimento Humano, COVID-19, Redes de Atenção à SaúdeResumo
Este artigo teve como objetivo analisar a resposta dos municípios mais pobres do estado do Maranhão frente à pandemia de COVID-19, sob a ótica da resiliência. Trata-se de estudo ecológico, observacional e analítico. Os dados foram extraídos da pesquisa original “Enfrentamento da pandemia de COVID-19: reorganização da Rede de Atenção à Saúde no Maranhão”, em 2021 e DATASUS do Ministério da Saúde, 2021. Os resultados indicaram que 97% dos municípios apresentaram cobertura de equipes de Estratégia Saúde da Família, de 80 a 100%, sendo que 57% destes ofertam exclusivamente serviços de APS; 100% realizaram cadastro de casos suspeitos e confirmados de Covid-19; 97% adotaram medidas de contenção da transmissibilidade do vírus e implantaram fluxo de atendimentos para casos suspeitos e confirmados de Covid-19. A resposta dos municípios indicam que a APS foi atuante, embora apresente fragilidades nos suporte de apoio e logístico. Verificou-se ações do sistema de governança com a implantação de medidas restritivas com participação da comunidade. Não foi encontrada correlações significativas entre IDH-M e desfecho dos casos confirmados. Os resultados sugerem que os municípios mais pobres do estado responderam de forma resiliente à pandemia de COVID-19.