FATORES RELACIONADOS À SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA: REVISÃO DE ESCOPO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-114Keywords:
Sífilis Congênita, Saúde Materno-Infantil, Transmissão Vertical de Doenças InfecciosasAbstract
Introdução: A sífilis gestacional e congênita é um problema de saúde pública prevenível, associado a graves desfechos como abortos, natimortalidade e sequelas neurológicas nos recém-nascidos, além de complicações para a gestante, como lesões cutâneas, cardiovasculares e neurológicas. Identificar os fatores associados à infecção da sífilis gestacional e congênita é fundamental para compreender as necessidades específicas de diferentes populações brasileiras e aprimorar a oferta de recursos e serviços. Objetivo: Analisar as evidências disponíveis na literatura sobre os fatores associados para a infecção da sífilis gestacional e congênita nos municípios Brasileiros. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de escopo conduzida segundo o Joanna Briggs Institute e relatada com base no checklist PRISMA-ScR. A estratégia Population, Concept e Context (PCC) foi utilizada para desenvolver a questão de pesquisa. As buscas eletrônicas foram realizadas nas bases de dados CINAHL, EMBASE, LILACS, MEDLINE, SciELO, Scopus e Web of Science, além de Google Scholar e Networked Digital Library of Theses and Dissertations. Resultados: Os fatores associados à infecção incluíram gestantes menores de 30 anos, com baixa escolaridade, negras ou parda, solteiras e inativas profissional. Relações sexuais desprotegidas, início tardio do pré-natal, baixa adesão, menor número de consultas e exames sorológicos, além de dificuldades no manejo da sífilis em Centros de Atenção Psicossocial para gestantes com dependência química. Conclusão: Os estudos apontam que as principais causas da sífilis gestacional e congênita decorrem de desigualdades socioeconômicas, regionais e no acesso aos serviços de saúde, agravadas pelo diagnóstico tardio e tratamento inadequado.